Diante de algumas tragédias naturais, pouco há o que fazer além de reconstruir – e é isso que os haitianos vem operando desde o terremoto que devastou o país no ano passado. Diante de algumas tragédias pelas quais o homem é diretamente responsável, como as sociais, econômicas e sanitárias, muito há o que fazer por meio de reivindicações populares. Prova disso é que o Instituto para a Justiça e a Democracia do Haiti acaba de processar a ONU porque foram seus soldados da Força de Paz os mais ativos transmissores do cólera, que já infectou quase meio milhão de pessoas e matou outras 6,6 mil. Cinco mil vítimas da doença e seus familiares querem US$ 50 mil por cada enfermo e outros US$ 100 mil por cada falecido.