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TALENTOS
A delegação brasileira é favorita para liderar o quadro de medalhas do Parapan

Bastam apenas alguns minutos de caminhada pelas ruas de Guadalajara, no México, para entender como as cidades brasileiras estão atrasadas na questão da acessibilidade para deficientes físicos. É praticamente impossível encontrar uma esquina sem rampas destinadas a cadeirantes, todo o transporte público foi adaptado para atender pessoas com dificuldades de locomoção, e mensagens em braile podem ser lidas nos centros de informações turísticas. Desde que, há seis anos, a cidade foi escolhida para sediar os Jogos Parapan-americanos, as autoridades trataram de promover uma profunda transformação do espaço público. Estima-se que mais de US$ 50 milhões tenham sido destinados para tornar Guadalajara mais acessível – e esse esforço é visível em prédios, parques e praças. “Nosso objetivo foi deixar um legado para as próximas gerações”, disse Diego Monraz Villasenor, secretário de Transportes da cidade. É nesse ambiente amigável para todo tipo de público que começaram no sábado 12 os Jogos Parapan-americanos – e com promessa de show dos competidores brasileiros.

A delegação nacional conta com 222 atletas, mais até do que os anfitriões mexicanos. A responsabilidade é enorme. No Parapan do Rio, em 2007, o Brasil liderou com folga o quadro de medalhas, com o dobro de pódios do Canadá, o segundo colocado. Agora, o principal adversário será o México. O Ministério dos Esportes local estabeleceu a meta de superar a performance dos brasileiros, mas não será uma tarefa fácil. Um dos mais completos atletas paraolímpicos do mundo, o paulista Daniel Dias faturou oito ouros na última edição do Campeonato Mundial de Natação e não deve encontrar adversários à altura nas piscinas mexicanas. No atletismo, as principais estrelas da competição também vestem o uniforme verde-amarelo. “O Brasil é referência nas Américas e por isso todos querem nos vencer”, diz Edilson Tubiba, diretor-técnico da delegação brasileira.

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