Um telefone com central de alarme “embutida” é o último hit no enorme arsenal de equipamentos que vêm sendo criados sob a inspiração da violência. Ele funciona como um telefone sofisticado que faz muito mais do que efetuar e receber ligações. Além do trivial – flash, redial, pulse/tone, mute, pause e volume –, o aparelho pode, entre outras coisas, selecionar suas ligações com a precisão de uma secretária eficiente, sem jamais comprometê-lo com indelicadezas rasteiras do tipo perguntar o nome de quem está chamando para, segundos depois, dizer que a pessoa não está. O Alarmphone – é esse o nome do produto – quebra esse e muitos outros galhos, mas sua principal inovação é funcionar como um sistema de alarme silencioso, monitorado 24 horas por dia, sete dias por semana. A instalação não exige quebradeira de parede. É simples: basta ligar o aparelho na tomada do telefone.

O aparelho vem com um sensor infravermelho que detecta corpos quentes e é controlado por uma senha pessoal, digitada no teclado
com o fone no gancho. Há, ainda, uma tecla de pânico, que pode
ser pressionada em qualquer situação. A Central, em seguida, entrará
em contato com o cliente para confirmar se o acionamento foi real (muitas vezes poderá ter sido involuntário, por esquecimento do
cliente, ou apenas um teste). Esta confirmação é dada pela palavra-chave, escolhida pelo cliente quando preenche a ficha de cadastro.
Se pronunciar a palavra-chave ao ser contatado pela Central, o
cliente estará indicando que tudo está bem. Se, ao contrário,
não disser nada, a Central tomará as providências definidas antecipadamente pelo cliente para essa emergência.

É uma inovação que entra pela teve e pelo celular e está sendo
fabricada em Manaus pela empresa Digicall S/A – associada à Eccelera – holding de investimentos em tecnologia do grupo venezuelano Cisneros,
o maior conglomerado nas áreas de mídia, entretenimento, internet
e telecomunicações da América Latina, com faturamento superior a
US$ 4 bilhões. São sete sócios, explica o presidente e principal executivo, Pedro R. Drummond, que, juntos, pretendem levar longe sua inovação.
O preço é um grande trunfo: comercializado em regime de comodato,
o cliente paga R$ 180 para a adesão e R$ 39,90 por mês, menos da metade do que prevalece no mercado.