O deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o senador Antônio Carlos Magalhães repetem agora a guerra que, no governo FHC, o próprio ACM travou com o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), hoje deputado. Jader e ACM acabaram derrotados e FHC não conseguiu reeditar a aliança PSDB-PFL-PMDB para a eleição de seu sucessor. A essa altura, a cúpula do PT já olha a confusão com o exemplo anterior na memória. O governo vai tentar colocar panos quentes na crise para evitar uma desarticulação de sua base. Mas terá dificuldades: primeiro, deverá frear a Polícia Federal, pagando o preço da intervenção. Depois, deverá calar os radicais do PT, que pedirão as cabeças de ACM e de Geddel. A briga entre os dois tem tudo para se tornar um problema a mais para o governo.

CPI do Bode

 

O prefeito de Novo Horizonte (CE) está na mira da Câmara de Vereadores. Os parlamentares locais ameaçam instaurar a CPI
do Bode. Querem saber quantos desses animais o prefeito matou
durante a campanha eleitoral para servirem de oferenda nos
terreiros de candomblé para seus potenciais eleitores.

Mais contas

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O Ministério Público Federal está de olho em uma conta no Banque Leu, na Suíça. Ela pertence a Sérgio Moysés, ex-secretário de Administração da Bahia, ligado a ACM, investigado por escândalos no Serviço de Atendimento ao Cidadão. Entre maio e junho de 2002, saíram US$ 352 mil do Banque Leu para a conta 9006732, da Braza Corporation, no The Merchands Bank of NY. O MPF acredita que pode ter sido o caminho do retorno do dinheiro para o Brasil.Mais contas O Ministério Público Federal está de olho em uma conta no Banque Leu, na Suíça. Ela pertence a Sérgio Moysés, ex-secretário de Administração da Bahia, ligado a ACM, investigado por escândalos no Serviço de Atendimento ao Cidadão. Entre maio e junho de 2002, saíram US$ 352 mil do Banque Leu para a conta 9006732, da Braza Corporation, no The Merchands Bank of NY. O MPF acredita que pode ter sido o caminho do retorno do dinheiro para o Brasil.

“Não sou candidata”

A subprocuradora-geral da República Maria Eliane Menezes diz que sempre, às vésperas da nomeação de um novo procurador-geral, aparecem informações contra ela. A propósito da nota “Rainha da Milhagem” publicada por esta coluna na edição 1739 de ISTOÉ, apontando que Eliane é a campeã de viagens no Ministério Público,
ela não contesta os números. Argumenta que sempre viajou para trabalhar: “Não sou candidata a procuradora-geral.”

“Estou fora”

Em guerra com o ministro do Trabalho, Jacques Wagner, pela
indicação do delegado regional do Trabalho no Rio, o líder do PTB, Roberto Jefferson (RJ), citou entre as qualidades de seu indicado, Maurício Steinbruch, o fato de ser amigo do líder do governo no
Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). O senador responde: “Não
conheço Maurício Steinbruch; não fui consultado por Roberto
Jefferson; não tratei da indicação nem com o ministro, nem
com o parlamentar, nem com qualquer outra pessoa.”

À beira do rompimento

Anthony Garotinho procurou o ministro-chefe da Casa Civil, José
Dirceu. Quer evitar que as denúncias contra os fiscais do Rio azedem
as relações entre o PSB e o Planalto. Mas a conversa não valeu.
O líder da governadora Rosinha Garotinho na Assembléia, Noel de Carvalho (PSB), preparou uma ação judicial contra a ex-governadora
e ministra da Promoção Social, Benedita da Silva, enquadrando-a
na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Rápidas

• Entre as saídas para a crise da Eletropaulo, o governo estuda
a hipótese de a empresa voltar a ser estatal. Será a primeira reestatização da administração Lula.

• Lula já começa a discutir nomes para o cargo de procurador
-geral da República. Falou nos subprocuradores Ela Wiecko,
Wagner Gonçalves e Cláudio Fontelles.

• Sentindo-se perseguido por Jorge Bornhausen e Marco
Maciel, Demóstenes Torres (GO), um dos líderes dos novos
senadores do PFL, promete declarar guerra.


• Um calhamaço de 15 livros sobre FHC está sendo enviado gratuitamente aos parlamentares pela antiga assessoria
de comunicação do ex-presidente no Palácio.


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