No verão carioca, modas na areia são tão certas como o sol. A novidade deste ano é a eleição do point do Coqueirão, um pedaço do Posto Nove, na praia de Ipanema, entre as ruas Joana Angélica e Maria Quitéria, assim batizado por abrigar um coqueiro gigante que virou símbolo do local. O espaço tem a maior concentração de tatuados por metro quadrado da cidade. Amanda Werneck, 26 anos, imagem de inspiração budista cravada no quadril e uma lua crescente estampada no pescoço, tomou o rumo do Coqueirão. “Aqui é mais sossegado”, diz. Depois da praia, o pós-Coqueirão é variado: bate-papo no Baixo Gávea, goles na cervejaria Devassa e agito no Circo Voador. A rapper paulistana Rebeca Salomão também aderiu ao ponto. Ela se inspirou na cena de um homem falando ao celular na praia para escrever uma letra: “Estou na frente do Coqueirão/no meio da muvuca.” João Carlos Fernandes da Silva, 29 anos, com uma sensual Medusa no braço, vende cerveja a R$ 2,50, coco a R$ 2 e aluga cadeira de praia por R$ 2 na área. “Até o ano passado, aqui ficava um buraco, mas agora lota geral”, comemora. Mesmo antes do seriado da Rede Globo, sua tenda se chamava JK, uma adaptação de suas iniciais com evidente licença poética. “Agora mesmo é que fiquei famoso”, exulta. Coisas do Rio de Janeiro.


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