O processo de canonização de madre Paulina, cuja imagem está impressa na capa desta edição de ISTOÉ, demorou quase 37 anos para ser concluído. São mais de seis mil páginas, e os custos do processo estão estimados em US$ 100 mil. Amabile Lucia Visintainer, nossa primeira santa, nasceu na cidade de Trento, na Itália, em 1865, e, como muitos de seus conterrâneos, veio com a família para o Brasil no final do século XIX. Estabeleceram-se em Santa Catarina e trabalharam duro no campo, como a maioria dos imigrantes daquela época. Amabile resolveu abraçar a religião, passou a dedicar-se aos doentes e adotou o nome de madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Ela morreu em 1942, aos 77 anos, e foi beatificada em 1991. A beatificação é o primeiro passo rumo à santificação. Para isso são analisadas a vida e as atitudes do candidato, e é necessária a comprovação de um milagre. Antes, em 1988, ela já havia recebido do Vaticano o título de venerável, depois da constatação de que existiam seguidores de madre Paulina em vários pontos do País. A canonização de um santo exige a prova de mais um milagre. Leia sobre os dois milagres de madre Paulina e a história de sua vida à pág. 48, nos textos de Luiza Villaméa, Mário Simas Filho e Jeferson Bertolini. Mas, como o número de doenças e males que afligem o ser humano é muito maior que os milagres e santos disponíveis, resta ao homem pesquisar e trabalhar duro para tentar vencer a batalha contra doenças que já deviam estar debeladas, como a dengue, a gripe, a tuberculose, a hepatite. A história dessa guerra nos é contada por Juliane Zaché, Lena Castellón e Valéria Propato e começa à pág.74. Boa leitura.