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Primeiro foi o morango. Depois, as outras frutas vermelhas, seguidas do kiwi e da exótica lichia. Há sabores para todos os gostos quando o assunto é caipirinha. Agora é a brasileiríssima jabuticaba que, aliada à cachaça, à vodca ou ao saquê, virou drinque da moda nos cardápios de bares e restaurantes descolados. Populares no Sudeste, as jabuticabeiras começam a florescer nesta época do ano, o que favorece frutos saborosos e doces, ideais para o consumo no pé ou na mesa do bar.

“É uma caipirinha refrescante e, de tão doce, não precisa nem de açúcar”, diz Marcos Maria, sócio do Bar D’A Rua, aberto no final do ano passado em São Paulo, que tem a caipirinha de jabuticaba preparada com cachaça especial como carro-chefe. Marcos costumava tomar a bebida na fazenda de um de seus sócios. Quando decidiram abrir o bar, uma jabuticabeira de cinco metros plantada no local recebeu a homenagem no cardápio. Sócio também do restaurante japonês Yabani e da boate Disco, ele introduziu a bebida nos dois estabelecimentos. “A caipirinha arrebentou”, diz ele.

 

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O restaurante Brasil a Gosto, que faz um resgate de ingredientes e pratos brasileiros, tem duas opções no cardápio: o martini e o kir de jabuticaba. Ana Luiza Trajano, dona do restaurante, decidiu criar os drinques quando descobriu um doce mineiro em compota, feito com casca de jabuticaba. O martini não é feito com gim e vermute branco seco, mas com uma aguardente premium e o açúcar vem na borda do copo. “Quisemos mostrar que a cachaça é versátil, não funciona só em dose ou na caipirinha”, diz ela. O kir entrou no cardápio este ano como novidade de verão e nunca mais saiu.

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O veterano barman Derivan de Souza, há 32 anos no ramo, quatro livros publicados e eleito inúmeras vezes o melhor profissional das coqueteleiras de São Paulo, é outro fã do kir de jabuticaba. Batizado de kir tupiniquim no Esch Café, onde ele trabalha, o drinque leva licor de jabuticaba na alquimia de Derivan. Ele se inspirou na ginjinha, espécie de aguardente portuguesa de ginjas (um tipo de cereja) em que a fruta fica no fundo da taça. “Há hoje uma busca por referências brasileiras”, diz ele. “E o champanhe dá um toque de glamour e elegância à jabuticaba.”