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Compromissada com as lutas por um Estado de direito democrático, ISTOÉ tratou o atentado à bomba no Riocentro como um ataque do regime militar contra a sociedade civil, questionando a versão oficial. Era 30 de abril de 1981 e um show musical comemorativo ao Dia do Trabalhador levou ao palco artistas como Chico Buarque, Gonzaguinha, Clara Nunes, Alceu Valença, Djavan e vários outros. Do lado de fora, o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o capitão Wilson Dias Machado, ambos agentes do DOI-Codi, órgão de inteligência e repressão do Exército, preparavam o ato terrorista. Os dois pararam com um Puma cheio de explosivos no estacionamento do Riocentro.

A intenção era detonar a bomba no pavilhão onde acontecia o show e culpar a esquerda, para tumultuar o lento processo de redemocratização do País. No entanto, o artefato explodiu no colo do sargento Rosário (foto). Ele morreu na hora. Uma segunda bomba explodiu na estação de luz do Riocentro, mas não foi suficiente para interromper a energia. A plateia somente ficou sabendo do atentado no fim do show, quando Gonzaguinha subiu ao palco. O capitão Machado, que ficou apenas levemente ferido, acabou sendo promovido a coronel do Exército.  


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