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O azul foi a cor do fim do ano de 1998. Pelo menos para os milhares de homens que lotaram as farmácias e os consultórios em busca de um dos maiores blockbusters da indústria farmacêutica: o Viagra, da americana Pfizer. ISTOÉ relatou como o fenômeno viria a marcar uma mudança de comportamento entre os homens. Em junho daquele ano, chegaram às prateleiras as primeiras caixas do famoso comprimido de coloração azulada que, ingerido uma hora antes do sexo, garantiria a homens com problema de disfunção erétil ter uma ereção. Foi obra do acaso a descoberta do medicamento. Os cientistas investigavam o uso do princípio ativo, o sildenafil, para casos de angina (dor causada pela insuficiência de sangue em partes do coração). Durante a pesquisa, notaram que a droga inibia a ação de uma enzima chamada fosfodiesterase, presente no pênis. Comprovou-se que esse bloqueio melhorava a dilatação dos vasos sanguíneos e, como consequência, facilitava a ereção. Antes das pílulas azuis, as terapias mais promissoras para tratar o problema eram o implante de um supositório em gel na uretra e uma injeção aplicada na base do pênis minutos antes da relação sexual. Depois do Viagra, outros comprimidos com a mesma indicação foram lançados. A chegada desses remédios contribuiu também para uma maior discussão sobre a sexualidade masculina.

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