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Era meia-noite de terça-feira, dia 4 de novembro de 2008, quando o americano Barack Hussein Obama, 47 anos, então senador democrata pelo Estado de Illinois, subiu ao palco do Grant Park, em Chicago, para discursar pela primeira vez como o 44º presidente eleito dos Estados Unidos. “Se alguém ainda duvida de que os Estados Unidos é o lugar onde tudo é possível ou que ainda questiona o poder da democracia, esta noite é a sua resposta”, disse Obama a 250 mil pessoas que lotavam o espaço. Negro, filho de pai queniano e mãe americana, criado no Havaí e na Indonésia, ele era a materialização da igualdade e meritocracia propaladas, mas nem sempre praticadas pelos EUA. Obama deu a todos os americanos razões para se orgulhar do próprio país. ISTOÉ acompanhou a comoção popular em torno do presidente negro, mas já destacava o tamanho do desafio que viria. Como se comprovou, a lua de mel durou pouco. Advogado por duas das melhores faculdades dos EUA – Columbia e Harvard –, Obama assumiu a maior potência do mundo em meio a uma das mais graves crises econômicas da história. A duras penas, aprovou uma reforma do sistema de saúde, encontrou e matou Osama bin Laden e enfrentou uma crise política que quase culminou com uma moratória da dívida pública. Hoje, trabalha para ser reeleito em 2012. Com a oposição republicana ensandecida, suas chances vêm caindo, segundo os institutos de pesquisas.
Ser reeleito em 2012 pode acabar sendo mais difícil do que a sua eleição em 2008.

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