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Era precisamente 1h23 quando o reator da usina nuclear de Chernobyl (foto), na Ucrânia, então uma república da União Soviética, explodiu. Provável consequência de uma falha humana, o acidente espalhou pelos céus da Europa e da Ásia uma nuvem radioativa, causando danos terríveis.

Só o momento exato do desastre liberou mais radiação do que a bomba de Hiroshima. “Pela primeira vez, confrontamos a real força da energia nuclear fora de controle”, admitiu, dias depois, o então líder soviético Mikhail Gorbachev. As populações da Ucrânia e da Bielo-Rússia sofreram um aumento significativo na incidência de certos tipos de câncer. Pelo menos 56 pessoas morreram em decorrência da explosão. Um estudo de 2005, porém, afirma que cerca de quatro mil casos de câncer de tireoide – a maioria em crianças e adolescentes na época do acidente – podiam ser atribuídos à radiação de Chernobyl. Na reportagem de ISTOÉ em 1986 especialistas já denunciavam as consequências do acidente.

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Ainda assim, avanços tecnológicos alcançados nos anos seguintes fizeram acreditar que as usinas atômicas eram seguras. Uma era que durou até os vazamentos em Fukushima, no Japão, em março deste ano. Numa decisão histórica, a Alemanha anunciou, semanas depois, o fim de seu programa nuclear até 2022. Mas o recado já havia sido dado muito antes.

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