Pela primeira vez o Brasil tem uma universidade incluída entre as melhores do mundo: a Universidade de São Paulo. A eleição é da publicação britânica The Times (econômica em elogios no quesito ciência). Dois responsáveis por esse reconhecimento são o Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina e o trabalho de ponta que é feito pelo Núcleo de Estudos em Psiquiatria e Psicologia Forense (Nufor): cuida preventivamente de eventuais violadores sexuais tratando crianças e adolescentes vítimas de abuso (média mensal de 40 exames). “Ao tratá-las, fazemos também um trabalho de prevenção da própria violência sexual”, diz o psicólogo e doutor em Ciências pela USP Antonio de Pádua Serafim, coordenador do Nufor com o psiquiatra Sérgio Paulo Rigonatti. O trabalho é inédito no País. As crianças são tratadas do trauma da violência com terapia psicodramática e medicação. A violência futura é prevenida já na raiz porque diversos estudos (Londres, Pensilvânia, Carolina do Norte) apontam que crianças vítimas de abuso podem (não necessariamente) se tornar abusadores. ISTOÉ teve acesso ao estudo mais recente (mês de outubro). Vem da Austrália: de 1.793 casos avaliados (idade de 18 a 59 anos), um terço das mulheres e um sexto dos homens com histórico de abuso sexual na infância apresentaram disfunções sexuais na vida adulta ou desenvolveram síndrome da adição: tornaram-se também violadores sexuais.


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