Assista ao trailer :

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Oficialmente sabe-se que a última missão tripulada à Lua, realizada em 1972 pela Nasa (agência espacial americana), foi a Apollo 17. Desde essa época, contudo, corre uma teoria conspiratória segundo a qual teriam existido mais três expedições do Projeto Apollo – duas abortadas por causa de problemas técnicos e uma bem-sucedida, feita em total sigilo em 1976. Nada disso foi provado, mas agora um filme se aproveita da excitação que o tema provoca – e também do suspense com que foi realizado – para se dar bem nas bilheterias. “Apollo 18”, em cartaz no Brasil desde a sexta-feira 2, teve a sua estreia adiada por três vezes e chega agora aos cinemas em lançamento mundial usando uma estratégia que combina inteiramente com o seu enredo – apostou também no sigilo de seu conteúdo.

A premissa do filme, aliás, é que todo o material mostrado (84 minutos de cenas feitas com câmera na mão e com aparência de filmagem amadora) é real e teria sido encontrado por acaso. Se alguém lembrou de “A Bruxa de Blair”está na pista certa. “Apollo 18” usa o mesmo artifício desse filme pioneiro no estilo “falso documentário”, que aproveitou a novidade da internet para propagar informações sobre a história de um grupo de adolescentes perdidos em uma floresta. No caso atual, optou-se por espalhar supostas revelações sobre missões espaciais secretas, divulgadas no melhor estilo WikiLeaks, o site que trouxe à luz documentos confidenciais de Deus e o mundo. Pai do projeto, o produtor russo Timur Bekmambetov tirou também proveito das declarações do astronauta americano William Rutledge, o autor da teoria das três missões ocultas, que jura ter sido tripulante da terceira expedição e descoberto vida alienígena fora da Terra. Feito ao custo de US$ 5 milhões, o filme passa credibilidade ao simular em estúdio o cenário rarefeito da paisagem lunar. Embora pareça um valor baixo, trata-se na verdade de um orçamento considerável para produções que apostam justamente numa qualidade precária da imagem. E no suspense de gravidade zero.

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