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FEBRE
O aparelho, antes símbolo dos executivos, popularizou-se entre os jovens ingleses

As novas tecnologias estão causando dor de cabeça aos governos ditatoriais e democráticos. Assim como o Facebook e o Twitter desempenharam papel fundamental na articulação de protestos em países do Oriente Médio, no movimento conhecido como Primavera Árabe, a série de distúrbios nas ruas de Londres apresentou ao mundo uma nova ferramenta de mobilização por meio das redes sociais: o BlackBerry Messenger (BBM). Pioneiro no mercado de smartphones e antigo símbolo dos executivos bem-sucedidos, o celular da BlackBerry se tornou mais popular com a concorrência do iPhone (da Apple), responsável pela redução dos preços dos aparelhos, e o lançamento do BBM. O aplicativo, que permite aos usuários da marca enviar mensagens gratuitamente, de forma instantânea e ilimitada para mais de um destinatário ao mesmo tempo, virou moda entre os jovens ingleses. Diante da suspeita de que os saqueadores estavam se organizando e trocando informações pelo aplicativo, David Lammy, membro do Parlamento, solicitou a suspensão temporária do serviço. Em resposta, a Research in Motion, fabricante do aparelho, disse em nota: “Sentimos muito por aqueles afetados pelos tumultos em Londres. Nos comprometemos com as autoridades a auxiliar no que for possível.” Porém, na terça-feira 9, hackers deram o troco. Invadiram um dos blogs da marca e ameaçaram a empresa: “Se vocês ajudarem a polícia, irão se arrepender. Se fizerem a escolha errada, seu banco de dados se tornará público. Poupem-se desse constrangimento.” O BlackBerry Messenger permanece funcionando no Reino Unido.  


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