Os chineses estão ufanistas de sua nação, os países que os têm como vizinhos estão apreensivos. Já os EUA se mantêm na indignação e o restante do mundo na perplexidade. Na quarta-feira 10, zarpando do porto de Dalian, a China promoveu a viagem inaugural de seu primeiro porta-aviões – chama-se Varyag, foi construído pela extinta URSS e comprado da Ucrânia. Quem sabia disso? Ninguém, é claro, a não ser o próprio obscurantista governo chinês. A preocupação, assim, se justifica: crer que o Varyag tem finalidade científica, como dizem os chineses, é o mesmo que acreditar que as autoridades daquele país mantiveram tudo em sigilo por mero esquecimento. Teme-se, na verdade, a aceleração de uma expansão militar na Ásia. “Estamos esperando o que a China tem a explicar sobre a necessidade desse equipamento militar”, disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.