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ABBEY MILLS ISLAMIC CENTRE
Londres, Inglaterra
Previsão de construção: 2012
Escritório: Allies and Morrison
Capacidade: 12 mil pessoas
Inovação: com design futurista, pretende
ser o maior edifício religioso da Grã-Bretanha

Presentes em seu endereço original, a atual Arábia Saudita, e em países tão diversos quanto China, Inglaterra e Brasil, as mesquitas são um dos maiores símbolos da religião islâmica. O espaço de culto, oração e comunhão para os seguidores do Islã é reconhecido no mundo todo por sua arquitetura peculiar. Apesar de não existirem regras que determinem quais elementos arquitetônicos farão parte dessas construções, templos islâmicos são, em geral, edifícios baixos, de formato retangular, adornados por cúpulas, arcos e minaretes – torres que se erguem na fachada ou na lateral. Mas grandes escritórios de arquitetura internacionais estão deixando de lado tal inspiração para atualizar o desenho dessas construções religiosas. Tendências contemporâneas substituem a tradição em templos modernos, com projetos que caminham entre a simplicidade e o ineditismo.

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PARK51
Nova York, EUA
Previsão de construção: 2012
Escritório: Soma
Capacidade: 2 mil pessoas
Inovação: padrão geométrico que se
estende da fachada de vidro à área interna

Concebido para fazer parte do Complexo Olímpico de Londres e com design futurista, o Abbey Mills Islamic Centre pretende ser o maior edifício religioso da Grã-Bretanha. Outro projeto que promete revolucionar a linguagem arquitetônica islâmica é a Park51, nos Estados Unidos, misto de mesquita e centro comunitário destinado aos praticantes do islamismo, idealizado pelo escritório de arquitetura Soma. Com 20 andares, sua estrutura em nada lembra as mesquitas tradicionais. Um padrão geométrico em escala gigante se estende da fachada de vidro à área interna – o início das obras está previsto para 2012. Tal ousadia passou longe de outras duas mesquitas modernas, porém simples, localizadas na Ásia. A Al-Irsyad, na Indonésia, construída em 2008, tem traços retos e pedras que reproduzem em sua fachada trechos do “Alcorão”. Já a Chandgaon, em Bangladesh, consegue ser mais minimalista ainda, com linhas elegantes e total ausência de adornos.

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AL-IRSYAD
Java, Indonésia
Ano de construção: 2008
Escritório: Urbane
Capacidade: 1 mil pessoas
Inovação: pedras brancas e pretas empilhadas
na fachada, que formam um texto do “Alcorão”

“Apesar de diferentes, essas novas mesquitas devem ter em comum com as tradicionais o espaço para oração dos fiéis – sem móveis – e a ‘qibla’, o muro voltado em direção à Meca”, explica a arquiteta Lygia Rocco, mestre em arquitetura e arte islâmica pela Universidade de São Paulo (USP). Para o sheik Jihad Hassan Hammadeh, os templos modernos são bem-vindos. “A cúpula e os minaretes são elementos que identificam facilmente as mesquitas, mas sua ausência não é um problema”, diz. “A arquitetura islâmica sempre foi plural, agregando características de várias origens.” Pluralidade que agora ganha ares de modernidade.  

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CHANDGAON
Chittagong, Bangladesh
Ano de construção: 2007
Arquiteto: Kashef Mahboob Chowdhury
Capacidade: 2 mil pessoas
Inovação: desenho minimalista
e paredes sem adornos

 


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