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DUPLA DINÂMICA
Ao lado, a parceria clássica do cinema entre Harry Sundance (Robert Redford) e Butch Cassidy (Paul Newman)

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Foram 16 anos de coleta de material e centenas de horas de entrevistas até o escritor irlandês Michael Feeney Callan compilar os quase 75 anos de Robert Redford em seu mais novo livro, “Robert Redford: The Biography”. Famoso pelas biografias de Sean Connery, Anthony Hopkins e Richard Harris, o autor lança agora, na Europa e nos Estados Unidos, 496 páginas sobre a vida do ator, produtor e diretor de cinema.

A Callan, Redford concedeu não só horas de entrevista, mas também o privilégio de ler seus diários, cadernos de anotações e correspondências. Além disso, o autor entrevistou cerca de 300 pessoas e conseguiu depoimentos de grandes nomes vinculados ao ator e diretor nascido em Santa Mônica, Califórnia, como os já falecidos Sydney Pollack, Alan J. Pakula e Paul Newman. Os diretores revelaram muito da personalidade de Redford por trás das câmeras, além de suas manias de atuação, a imagem que faz de si mesmo e ambições artísticas.

E se sua trajetória profissional já é bem conhecida, Callan a retoma acrescentando episódios curiosos e inéditos, como o fato de até mesmo o grande astro de Hollywood não ter escapado de bullying na escola. Ele era perseguido por um grupo chamado Pachucks e foi obrigado a pular de um telhado para provar sua masculinidade. Anos depois, tornou-se um bad boy, tendo sua própria gangue de rua, os The Barons, durante o ensino médio. Foi preso por roubo e por invasão de propriedade para dar festas.

O espírito livre do astro, que atuou em mais de 60 filmes e dirigiu oito, é constantemente retratado, mas há também seu lado político, ativista social e altamente comprometido com o cinema. Por conta do casamento com Lola van Wagenen, Redford estabeleceu uma relação com os mórmons de Utah. Mais tarde adquiriu um terreno nas montanhas daquele Estado, que nomeou de Sundance, em homenagem ao seu personagem no filme “Butch Cassidy”, de 1969. É lá onde acontece o famoso festival cinematográfico.

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Rica em detalhes, a biografia ainda assim frustrou alguns fãs que esperavam revelações sobre a vida amorosa de Redford, bem como a polêmica do Oscar de melhor diretor por “Gente como a Gente”, em 1980, que muitos especialistas julgaram ser merecido por Martin Scorsese. Mesmo que a falta de veneno seja típica em biografias autorizadas desse porte, ela está longe de tornar desinteressantes as histórias de um dos maiores símbolos do cinema mundial. 

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