O Brasil vai perder o acervo de Augusto Boal (foto), criador do Teatro do Oprimido e um dos mais geniais dramaturgos brasileiros. Com sua morte em 2002, a sua mulher, Cecília, iniciou uma peregrinação para conseguir apoio de instituições públicas e privadas na catalogação
e digitalização da obra. O custo estimado para isso era de US$ 500 mil. Devido à falta de verbas, e muito provavelmente também de interesse de quem poderia arcar com esse trabalho no Brasil, ela aceitou a proposta que lhe chegou da Universidade de Nova York. Vai doar tudo: mais de 20 mil textos, 300 horas de vídeo, 120 horas de áudio, duas mil fotografias em preto e branco e 120 cromos. Perdemos nós.