Um dos sinais mais revigorantes da economia de um país é a sua capacidade de gerar empregos – principal motor a mover a máquina da produção e consumo e a impulsionar o desenvolvimento. Nesse campo, nadando contra a maré global, o Brasil tem se saído muito bem. Enquanto nações europeias amargam taxas de desemprego acima de 20% da População Economicamente Ativa (PEA) e a potência EUA também experimenta um recorde de desemprego da ordem de 9%, o Brasil foi capaz de ampliar em 1,4 milhão o número de vagas, apenas nos últimos seis meses. É um retrato do bom momento vivido, tão promissor quanto os indicadores de melhora da renda da população como um todo que alcançou, apenas em junho, um percentual de crescimento de 4%. O que há por trás desse colchão de boas-novas são o vigor e a saúde do mercado interno, tomado inclusive pelo interesse de grandes investidores que agora veem o País como um porto seguro para o seu dinheiro, em pleno cenário de crise em outros países. Mais recursos ampliam as possibilidades de novos projetos empresariais e, por tabela, facilitam a criação de postos de trabalho, num ciclo virtuoso como não se vê há muito tempo por aqui. Para os agentes de mercado, a combinação de estabilidade das regras e dos indicadores macroeconômicos tem transmitido segurança e provocado benefícios em cadeia. Prova é que a arrecadação da Receita Federal registrou um recorde de R$ 82,72 bilhões somente no mês passado – cifra que equivale a um crescimento real de 23% frente a junho de 2010 –, sem que a base dos impostos tenha mudado.

Para os brasileiros em geral, o avanço na qualidade de vida é sentido. O banco espanhol Santander apontou na semana passada que em breve o Brasil contará com menos pobres que os EUA. A instituição baseia sua aposta no ritmo de ampliação do PIB e da renda per capita e na melhora de indicadores sociais. Para o banco, se nada atrapalhar, o Brasil se tornará a sexta maior economia do planeta até 2025, superando inclusive a Alemanha. Desta vez o País não perdeu o bonde da história. E tem reais chances de, em pouco tempo, estar no comando dele.