Três minutos e 18 segundos separaram a decolagem da queda. Percebendo uma falha, o piloto ­Rivaldo Paulírio decidiu então retornar ao seu ponto de origem, o aeroporto do Recife. A pane, porém, agravou-se, e ele passou a mirar um local mais próximo para um pouso de emergência, a praia de Boa Viagem. Consciente da densidade de casas na região, alcançou um terreno baldio e evitou uma tragédia ainda maior. Os relatos de quem viu o avião de apenas um ano da Noar Linhas Aéreas cair de bico são emocionados e dão conta de uma série de explosões logo após a queda. O acidente é 77º da aviação civil brasileira em 2011, o segundo em cinco anos com um LET-410. As circunstâncias apontam para falha técnica. A comissão responsável pelas investigações já localizou as duas caixas-pretas mas, como foram danificadas pelo fogo, as respostas que delas virão vão demorar. A tragédia ocorreu na quarta-feira 13, deixou 16 mortos e um rastro de tristeza na rota Recife-Natal-Mossoró.