img.jpg
APOIO
Bruno e Gabriella ajudaram a mãe, Lucia, a parar de fumar

Um método criado pela equipe do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, tem obtido ótimos índices de sucesso no auxílio a pessoas que querem deixar de fumar. O segredo é uma avaliação mais ampla do nível de dependência e de sofrimento do paciente durante a abstinência. A informação é importante para o correto direcionamento do tratamento. Antes de sua aplicação, 40% dos pacientes tinham recaídas ou desistiam no meio do processo. Com a ferramenta, esse percentual caiu para 26%.

Os especialistas elaboraram um questionário de avaliação mais detalhado do que o usado habitualmente – a Escala de Fagerström, focada em dados quantitativos, como o número de cigarros consumidos por dia. “Identificamos pessoas que, embora não fumem muito, são altamente dependentes da nicotina”, diz Jaqueline Issa, coordenadora da pesquisa.

Uma das primeiras especialistas a usar o programa é a médica Tatiana Galvão, presidente da Sociedade de Pneumologia da Bahia. “Ele oferece dados mais objetivos para mensurar o conforto do paciente ao parar de fumar.” Com menos sofrimento, ficou mais fácil para Lucia Aparecida, 47 anos. Ela havia tentado abandonar o vício duas vezes. Incentivada pelos filhos Bruno e Gabriella, e com a ajuda do método, não fuma há um ano. A opção do InCor vem em boa hora. Nesta semana, uma revisão de 14 estudos apontou que o Champix (remédio usado contra o tabagismo) eleva em 72% o risco para doenças cardiovasculares. Em nota, porém, a Pfizer, fabricante do produto, diz que os eventos cardiovasculares foram raros.  

img1.jpg

 

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail
 

 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias