GENTE-04-IE-2169.jpg

 

O advogado da família brasileira do menino Sean Goldman (na foto com o pai, David Goldman), Sérgio Tostes, prevê para o segundo semestre o novo julgamento no STJ, que decidirá se houve ilegalidade na sua repatriação para os EUA, em 2009. Em dezembro daquele ano, Sean, que tem dupla cidadania, foi entregue ao governo americano sem passaporte. “Isto é tão fora do normal que no Brasil só há uma situação parecida: a entrega da Olga Benario aos nazistas”, compara Tostes. À coluna, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, diz que tenta promover o encontro da avó com o neto.

A sra. tem contato com a avó se Sean, Silvana Bianchi?
Sim, estamos movendo ações com o Ministério de Relações Exteriores para que a avó possa encontrá-lo. Chegou às minhas mãos um cartão do Sean para sua avó e o levei até ela há duas semanas. Foi entregue por Sean e seu pai numa visita de diplomatas brasileiros.
No que avançou o caso?
Essa visita consular onde pegamos o cartão. É pouco, mas tentamos sensibilizar o pai. Não queremos enfrentamento. Para nós, a guarda está decidida. É o pai quem a detém.
A posição do governo é apoiar a avó para visitar a criança, mas não na luta pela guarda?
É legítimo que ela lute. Quando ele crescer, ela poderá dizer que nunca desistiu. Mas há uma decisão judicial e a reconhecemos, porém não foi dito que a avó nunca mais o verá. O que o governo propõe é um acordo entre as famílias. Não tenho acompanhado a dimensão judicial. 
Pela Convenção de Haia, não se pode fazer busca e apreensão de uma criança que more há mais de um ano num país. Sean viveu no Brasil por quase cinco anos. Por que a Secretaria apoiou seu retorno aos EUA?
Não gostaria de responder questões sobre um período que não estava à frente da secretaria.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias