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ALTO NÍVEL
Os 140 competidores acumulam medalhas olímpicas e títulos mundiais

Considerada a capital da vela no Brasil, a cidade de Ilhabela reuniu, entre a quinta-feira 2 e domingo 5, um time de velejadores de quilate internacional. Localizada a 210 quilômetros de São Paulo, a charmosa ilha foi a sede escolhida para a abertura da Mitsubishi Sailing Cup 2011, um dos mais competitivos circuitos de vela oceânica realizados no país. Durante os quatro dias de provas, quatorze embarcações, provenientes da Argentina e do Uruguai, Chile e Brasil, disputaram boia a boia quem seria a primeira a cruzar a linha de chegada. A emoção e a expectativa foram garantidas pelo excelente nível técnico dos 140 competidores, que, juntos, acumulam 7 medalhas olímpicas, 23 títulos mundiais, 11 europeus, 29 sul-americanos e 126 nacionais, além de 22 participações em Olimpíadas e outras 318 em competições brasileiras e internacionais.

Maior medalhista individual da vela mundial e mais importante esportista olímpico brasileiro, com um total de cinco medalhas conquistadas em Olimpíadas, Torben Grael foi um dos principais destaques desta edição da Mitsubishi Sailing Cup. A bordo do veleiro Mitsubishi/Gol ele chegou em primeiro lugar na regata inaugural da etapa em Ilhabela. “Essa é a segunda vez que participo da disputa e posso afirmar que a Mit Sailing Cup é a melhor prova de vela oceânica do Cone Sul”, disse Torben. “Neste ano tivemos um número maior de barcos competindo, além da presença dos mais bem preparados velejadores sul-americanos e mundiais, o que traz visibilidade para nosso esporte.” Entre as estrelas internacionais mais assediadas pelos próprios competidores estava o italiano Francesco Bruni. Dono de seis títulos mundiais de vela, ele fez sua estreia na prova da Mitsubishi como tático da equipe Negra, embarcação campeã da disputa de 2010. “Achei o evento uma iniciativa maravilhosa, com barcos impecáveis e adversários com ótimo nível técnico”, declarou Bruni.

A Mitsubishi Sailing Cup é a única competição em águas sul-americanas disputada com veleiros oceânicos monotipos – as embarcações são rigorosamente iguais. Nesta fórmula, as habilidades pessoais e estratégias de cada equipe são decisivas para os resultados. “Isso torna a concorrência entre grupos mais justa, pois todos têm as mesmas chances de vencer”, diz Torben. Na competição, os veleiros se dividem em duas classes, a HPE25, de acesso, com embarcações de 25 pés, e a S40 (Soto40), de barcos oceânicos de última geração com 40 pés, idealizada pelo presidente da Mitsubishi Brasil, Eduardo de Souza Ramos e projetada pelo arquiteto naval argentino Javier Soto Acebal, referência no mundo da vela. “Os veleiros S40 representam um antigo sonho meu, acalentado há mais de vinte anos, de ter no Brasil uma classe de barcos de oceano maiores e completamente iguais, que enfatizassem a velocidade e a navegabilidade”, conta Souza Ramos. Essa maior agilidade do S40 é possível graças à leveza do barco, que conta com mastro e leme construídos em fibra de carbono. “A tecnologia e a alta performance do S40 são alguns dos atrativos que reforçam a presença de tantos campeões olímpicos nesta Sailing Cup”, diz.

O grande vencedor da temporada 2011 da contenda marítima da Mitsubishi só será revelado na última etapa da competição, em setembro, no Rio de Janeiro. Porém, independentemente de o troféu ficar com competidores do Brasil, da Argentina, do Uruguai ou Chile, para Eduardo de Souza Ramos, comandante do barco Pajero, quem ganha é o esporte brasileiro. “Poder realizar uma disputa de vela com nível internacional no Brasil é uma prova do fortalecimento da economia latino-americana e, especialmente, da brasileira”, diz o empresário. “Nosso sonho é continuar realizando esse evento nos próximos anos e conquistar cada vez mais competidores de diversas nacionalidades.” Que venham novos e bons ventos.

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