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NO BRASIL
Agentes da PF poderão trabalhar infiltrados em sites que disseminam pedofilia

Para tentar coibir a disseminação de pornografia infantil entre seus mais de 600 milhões de usuários, o Facebook lançou mão de uma nova ferramenta. Trata-se do software PhotoDNA, programa capaz de identificar e caçar o conteúdo criminoso (leia quadro) com precisão nunca antes alcançada. “A chance de encontrarmos a foto errada é menor do que uma em 2 bilhões”, afirma o Conselheiro Geral de Segurança da rede social, Chris Sonderby.

A ferramenta, desenvolvida pela Microsoft, também foi cedida ao governo americano. Para adaptar o PhotoDNA de forma a processar os 250 milhões de imagens inseridas diariamente na rede social, técnicos do Facebook trabalharam com a gigante dos softwares por seis meses. O programa foi colocado em funcionamento há cerca de duas semanas e já se pensa em ampliar seu uso. “Poderemos usar o PhotoDNA para identificar também conteúdos racistas e casos de cyberbullying”, revela Sonderby, referindo-se às pessoas que sofrem ameaças e perseguição via internet.

No Brasil, a Polícia Federal já usa a mesma ferramenta desde maio para caçar quem dissemina a pedofilia pela web. Além disso, tramita na Câmara de Deputados um projeto de lei que permite que policiais federais entrem disfarçados em sites para identificar pedófilos que tenham cometido crimes.

Já aprovada pelo Senado, a matéria pode representar um grande avanço em um campo que carece de regulamentação no Brasil. “A ausência de legislação específica para crimes digitais contra crianças é um dos principais entraves da polícia. Hoje uma investigação que deveria ser resolvida em até 30 dias demora de um a dois anos apenas para ser instaurada”, revela o chefe do Grupo Especial de Combate aos Crimes de Ódio e à Pornografia Infantil na Internet da PF, delegado Stenio Santos Sousa. O que prova que, apesar de essencial, a tecnologia sozinha não resolve o problema. 

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