Em vídeo, o editor Ivan Claudio fala sobre os trechos mais picantes da biografia “Elton John”. Sexo, extravagâncias e tentativas de suicídio compõem algumas passagens lembradas pelo editor :

ISTOE_ELTONJOHN1_255 ok.jpg

 

 

img.jpg 

O cantor inglês Elton John odeia festivais de rock. Certa vez, ao olhar a imensa plateia debaixo de uma chuva torrencial, ele se dirigiu consternado aos fãs: “Bem-vindos ao paraíso.” Ele também já fez dezenas de discursos de despedida, o mais recente em 2006, após ensaiar pela enésima vez um de seus maiores sucessos, “Goodbye Yellow Brick Road”: “Detesto essa maldita música e o álbum em que ela está. Nunca mais vou toca-la”, disse. Outra mania do cantor, a grande atração do Rock in Rio 2011: torrar sua fortuna em compras exóticas – adquiriu, por exemplo, o vestido usado por Judy Garland em “O Mágico de Oz” e presenteou Rod Stewart com um Rembrandt. Gosta também de leiloar tudo depois e doar a nova fortuna para instituições de caridade. Amigo da Princesa Diana, criador de uma organização de combate à Aids e o primeiro pop star a assumir publicamente uma união civil homossexual (com o cineasta canadense David Furnish), ele aparenta estar mais comportado atualmente, aos 64 anos. É só impressão: com sua língua afiada, Sir Elton John é o cavaleiro mais irreverente da rainha.

img1.jpg
APELO VISUAL
Elton John hoje se espanta com as roupas que vestia no passado

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

livro.jpg

Essa é a conclusão que se chega ao ler a biografia “Elton John” (Companhia Editora Nacional), do inglês David Buckley. Na infância, o roqueiro foi um menino baixinho, rechonchudo e míope. E tímido, claro. O talento, contudo, veio em excesso e o ajudou a responder com humor à ausência de atrativos físicos. Abriu mão do nome real, Reginald Kenneth Dwight ( perfeito para “ banqueiro ou babaca”) e fez do exagero visual a sua marca. Perto do que já vestiu em 42 anos de carreira, Lady Gaga parece uma iniciante. O ápice do exagero se deu no aniversário de 50 anos. Elton John surgiu na festa usando uma peruca de um metro de altura e 20 quilos decorada com um navio, soltando fumaça pelos canhões. “Meu Deus, eu usei mesmo isso?”, comentou recentemente sobre essas extravagâncias. “Eu simplesmente não conseguia entrar no palco com o que usava nas ruas.”

Faltou dizer que, na maioria das vezes, estava completamente drogado: “Ficava fechado por duas semanas cheirando uma carreira
de cocaína a cada quatro minutos.” No palco, martelava o piano até os dedos sangrarem. Foram duas décadas de vício (dos anos 1970 aos anos 1990) que culminaram com uma tentativa de suicídio ao tomar 60 comprimidos de Valium e pular na piscina. “Estarei morto em duas horas”, gritou. Passou dois dias em coma. Veio depois a fase de abstinência da droga. Um dia, irritadiço, gritou para o funcionário de um hotel para tomar alguma providência a respeito do vento nos arredores. Sempre bem-humorado, Elton John se refere a essa época como o seu período Elvis Presley. “Se ele morasse na Inglaterra, não teria morrido aos 42 anos”, afirmou. É que os tabloides – e as biografias como essa – o trariam rapidamente de volta à realidade.

g.jpg

g2.jpg


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias