Em audiência no Senado, o ministro da Educação, Fernando Haddad, apontou um “viés fascista” em quem critica o livro didático “Por uma Vida Melhor”, que valida erros de português. Disse que atacam sem ler. E fez uma comparação polêmica: “Stálin lia os livros (dos inimigos) antes de fuzilá-los.” Há controvérsias. Stálin, ao que se sabe, odiava os intelectuais. Condenou Bukharin à morte, proibiu obras de Pasternak e marginalizou o poeta Maiakóvski. Haddad conhece bem o tema, pois, em 1992, publicou a tese de mestrado “O Sistema Soviético”. Se Stálin lia, não é certo, mas Haddad leu textos de Stálin sobre materialismo dialético.