Assista ao vídeo e saiba como é o novo veículo e por que ele é tão diferente dos que já rodam por aí :

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COMODIDADE
O Superbus acomoda até 23 passageiros
 

Rápido como um trem de alta velocidade, luxuoso como uma limusine e, como se fosse pouco, equipado com um motor elétrico que não consome combustível fóssil ou emite gás carbônico. Eis alguns dos diferenciais de um novo e revolucionário ônibus, batizado de Superbus. Apresentado à imprensa internacional na semana passada, em evento realizado na cidade holandesa de Delft, o veículo pode atingir
250km/h nas estradas, mas também será uma alternativa aos coletivos que hoje circulam pelas cidades.

Seu inventor é o pesquisador holandês Wubbo Ockels. Herói nacional desde que se tornou o primeiro astronauta do país, em 1985, ele agora dedica sua vida à busca de soluções sustentáveis para o planeta. Aos 66 anos, o professor da Universidade Técnica de Delft, cidade localizada a 60 km da capital Amsterdã, escolheu o transporte público para fazer sua primeira grande aposta. “É uma mistura da rapidez do trem de alta velocidade com a comodidade de um carro individual”, define Ockels. O Superbus nasceu a partir de um motor movido a baterias de lítio, que garantem cerca de 210 km de autonomia.

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“Temos de produzir 100 mil unidades
para o preço cair a R$ 2,5 milhões”

Wubbo Ockels, professor e ex-astronauta

Rebaixado, com ares de limusine e linhas que lembram carros de corrida, o ônibus impressiona já na primeira olhada. Seu design foi projetado pela ex-chefe de aerodinâmica da equipe de F-1 BMW-Williams, a engenheira italiana Antonia Terzi. Ao longo de seus 15 metros de comprimento estão dispostas 16 portas (oito em cada lado), permitindo que os passageiros saiam de maneira mais confortável e sem perturbar os vizinhos. Além dos assentos que se assemelham a macias almofadas, o Superbus também promete oferecer tevê e conexão com internet. Mas ainda está difícil fechar as contas para tornar tudo isso viável.

O investimento para a construção do primeiro ônibus – bancado pelo Ministério Holandês de Infraestrutura e Meio Ambiente, pela Universidade Técnica de Delft e pela iniciativa privada – chegou perto de R$ 25 milhões. “Para que o preço possa baixar para cerca de um milhão de euros (R$ 2,5 milhões) teríamos de contar com a produção de 100 mil unidades”, diz Ockels. Mesmo assim, os Emirados Árabes Unidos mostraram interesse em comprar a ideia. “Estamos organizando uma reunião entre os governos e acreditamos que ocorrerá nos próximos meses”, afirma o holandês. A previsão mais otimista para ver o Superbus nas ruas é de pelo menos cinco anos.

No Brasil, especialistas vêem a novidade com desconfiança. “É uma evolução, mas não revoluciona o transporte. Nosso problema maior é a circulação dentro das cidades”, diz o membro da Cities for Mobility, rede mundial de mobilidade urbana coordenada pela Cidade de Stuttgart, e do Movimento Nossa São Paulo. O presidente da Associação Nacional de Transporte Público, Ailton Brasiliense, concorda. “A velocidade não é o mais interessante. A bateria e o conforto são, sim, importantes”, afirma. 

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