A equipe do filme “Melancolia”, do cineasta dinamarquês Lars von Trier (foto), estava radiante na quarta-feira 18 na coletiva de imprensa do Festival de Cannes: ele fora efusivamente aplaudido. Em poucos minutos, no entanto, a alegria virou melancolia real. Indagado por uma jornalista inglesa sobre o seu gosto pela estética nazista, Trier provocou: disse que sempre acreditou ser judeu, mas descobrira recentemente que seus pais eram alemães e, assim, ele se considerava nazista. Passou a elogiar Albert Speer, o arquiteto de Adolf Hitler, e acrescentou que compreendia o ditador: “Não sou contra os judeus, estou ao lado deles, mas é difícil aguentar Israel”. Percebendo que caíra na própria cilada do cinismo que armara, perguntou: “Como vou sair dessa?”. E prosseguiu provocando: “Ok, sou nazista” Sua declaração foi arrasa-quarteirão. Desculpou-se e negou ser antissemita, mas viu-se banido de Cannes (o filme continua concorrendo). 


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias