20/05/2011 - 21:00
Depois de criar o espetáculo “Ovo” para o Cirque du Soleil, Deborah Colker volta aos palcos com a companhia de dança que leva o seu nome no balé “Tatyana” (Theatro Municipal, Rio de Janeiro, de 25 a 29/5). Baseado no romance em versos “Eugênio Oneguin”, clássico do século XIX do russo Alexander Pushkin, o espetáculo impressiona pela interação entre os habilidosos dançarinos e o cenário, que representa uma grande árvore metálica, assinado por Gringo Cardia – como é de costume no trabalho da coreógrafa. A diferença, agora, é que a apresentação, por ser baseada em um livro, segue um enredo. Desde “Nó” (2005), Deborah Colker vinha flertando mais e mais com a narrativa. Em “Tatyana”, ela aparece como o próprio Pushkin, considerado o pai da literatura russa.
+ 5 balés de Deborah Colker
CRUEL
Nessa coreografia de 2008, os bailarinos interagiam com uma mesa de cinco metros de comprimento
DÍNAMO
Reunião de dois trabalhos de Deborah Colker relacionados ao esporte: “Maracanã” e “Velox”
NÓ
No primeiro ato desse espetáculo, os dançarinos se movimentavam entre 120 cordas que representavam o emaranhado dos laços afetivos
4 X 4
O cenário era formado por vasos de cerâmica que pendiam do teto. Deborah interpretava uma sonata de Mozart ao piano
ROTA
Uma roda gigante, concebida por Gringo Cardia, dominava a cena desse balé do início de carreira da companhia