Sylvia Steiner

Parabéns pela entrevista com a juíza Sylvia Steiner. A sua visão sobre a criação do TPI é de suma importância para a compreensão dos julgamentos de crimes transnacionais. Ela foi muito pertinente na sua explanação sobre o funcionamento e sobre as diretrizes que devem permear o direito internacional, tais como soberania e independência. Parabéns à dra. pela sua visão abrangente sobre o direito internacional e pela demonstração de competência no exercício na judicatura. “Nossa mulher em Haia” (ISTOÉ 1772).
Lander das Dores Silva
Belo Horizonte – MG

OMC

Neste conto de fadas em que vivemos de tantas incertezas, é muito cedo para se comemorar uma vitória que não foi conquistada. Excelente e oportuna a matéria da ISTOÉ sobre a 5ª Conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC) que, diga-se de passagem, teve boa repercussão com a liderança do Brasil no G-21, porém não foi suficiente. Os EUA continuam dando as cartas do jogo, lançando uma nova lei em que aqueles que não se adaptarem estarão fora do maior mercado do mundo a partir de dezembro de 2003. Esta decisão, com desculpa de proteção contra atos terroristas, na verdade afeta diretamente os produtos agrícolas. É importante que todos tenham consciência que juntos os EUA e a União Européia totalizam aproximadamente 40% do comércio internacional. Logo, temos hora marcada para enfrentarmos mais barreiras, que dificultaram processos de exportação. É impossível viver sem sonhos, porém “sobreviver” somente contando com o próximo ano é de enlouquecer. “Muito além do discurso” (ISTOÉ 1772).
Jane Farinazzo
Salvador – BA

Fome Zero

Muito importante a opinião do assessor especial da Presidência Oded Grajew. Se as pessoas quisessem realmente ajudar e não aparecer, com certeza teríamos um Brasil melhor. O que Gisele Bündchen doou é uma quantia insignificante. Não precisava mobilizar a imprensa para fazer uma doação ao Programa Fome Zero. Deveria sim tomar como exemplo os brasileiros Raí, Leonardo, Viviane e Leonardo Senna e tantos outros milhares de anônimos que contribuem com pouco, mas de coração. “Fome Zero mundial” (ISTOÉ 1772).
Paulo Almeida
Salvador – BA

ACM

O Judiciário brasileiro não é só uma “caixa preta”, como disse o presidente Lula. É também uma caixa enferrujada, ultrapassada. O Judiciário é absolutamente cego (quando lhe convém) às mudanças que a sociedade está vivendo; ignorante diante da história. Não há outra forma de concebê-lo quando decide absolver réus confessos, como foram os casos dos senhores ACM e Arruda, que, sabendo do crime que cometeram, ao violar o painel eletrônico do Senado Federal, renunciaram aos seus mandatos para não serem cassados. Se, bisbilhotando a vida de membros do Senado Federal, ficaram impunes, é de supor que nada acontecerá pela espionagem à vida de cidadãos comuns através da escuta telefônica. A nós, brasileiros, que sonhamos com o fim da impunidade e com um Poder Judiciário imparcial, só nos resta lamentar contra a decisão do STF. “Acredite se quiser” (ISTOÉ 1772).
Ildes Ferreira
Feira de Santana – BA

CEU

É sabido e notório que existe uma gritante desigualdade social assolando o País, destarte, qualquer obra social que venha a beneficiar a classe totalmente desfavorecida, certamente provocará veemente manifestações de protestos vindos das elites. A qualquer lei, obra, escola que beneficiar os menos favorecidos, ou seja, a maioria dos cidadãos, reportagens, discursos, até mesmo campanhas contra estas obras surgirão ocupando as páginas principais da imprensa brasileira. Está de parabéns a Prefeitura de São Paulo por este trabalho tão importante diretamente para a periferia e indiretamente para todos os moradores desta cidade. “Perto do CEU” (ISTOÉ 1772).
José Senhor Ilario Andrade
São Paulo – SP

Atendimento

Não esqueço uma consulta que fiz a uma gastroenterologista: permaneci por mais de uma hora na sala de espera que era um cubículo, com uma secretária autoritária monitorando a todos. Uma fila de espera de de laboratórios discursava, sem parar, sobre as dosagens para lesão disso ou daquilo. Enfim, quando reclamei sobre o atraso da minha “hora marcada” fui encaminhada à médica. Em menos de 15 minutos, após relatar (com muita ansiedade) os meus sintomas, a doutora prescreveu o que eu já havia aprendido no corredor. Sobre as minhas dúvidas quanto ao tipo de alimentos a serem evitados, a resposta foi incrível: “Evitar tudo o que é bom!” Muito relativo, pensei, pois para mim, jiló é muito bom! E lá fui eu, à procura de outro médico.
Ana Maria R. Lobato
Juiz de Fora – MG

Propinoduto

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) repudia as acusações veiculadas na reportagem “Raposa no galinheiro” (ISTOÉ 1770) contra os procuradores da República Carlos Fernando dos Santos Lima e Vladimir Aras. A reportagem afirmando que os dois estariam obstruindo a entrega de documentos referentes às investigações de remessas monetárias e lavagem de dinheiro pelo Banestado se baseia em deduções e inferências que revelam desconhecimento do sistema legal brasileiro. O procedimento considerado suspeito na reportagem nada mais é do que a via adequada para assegurar que todo e qualquer documento obtido durante a diligência dos procuradores e dos parlamentares membros da CPI do Banestado mantenha a validade em futuras ações judiciais, se questionado pelos acusados. Receber provas diretamente dos investigadores americanos, sem que os documentos sejam validados pelo acordo de cooperação entre os dois países, poderia resultar no desperdício total de recursos envolvidos na presente missão. Desde o início das negociações com as autoridades norte-americanas, Carlos Fernando dos Santos Lima e Vladimir Aras, diante dos parlamentares, deixaram claro que havia três meios de validação dos documentos: a entrega dos mesmos pelo MLAT – Mutual Legal Assistence Treaty (Tratado de Assistência Jurídica Recíproca em Matéria Penal); o recebimento dos documentos e sua legalização consular (a “consularização” mencionada na reportagem); e a solicitação dos documentos por meio de cartas rogatórias entre os Judiciários dos dois países. A preocupação maior dos dois procuradores era e sempre foi evitar que os documentos entrassem no país de maneira clandestina e não reconhecida legalmente. Para a ANPR, os procedimentos adotados pelos procuradores estão em total conformidade com a legislação processual penal, de maneira a evitar que todas essas provas eventualmente percam a validade futura, se questionadas judicialmente pelos envolvidos nas operações de evasão de divisas.
Nicolao Dino
Presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República
Brasília – DF

Arquitetura

Em relação à reportagem “Lar, rico lar” (ISTOÉ 1772), tenho a informar que a construção de minha residência destina-se a abrigar, além da minha família, as coleções de arte contemporânea, peças arqueológicas e arte plumária reunidas por mim durante as últimas duas décadas. A casa, que está sendo construída com tecnologia nacional no estilo arquitetônico brasileiro contemporâneo, sempre respeitando todas as normas municipais, receberá personalidades estrangeiras em visitas a São Paulo e ao País. Ao contrário do que afirma a reportagem, terá dois pavimentos e um subsolo, e área total de 3,3 mil metros quadrados ao preço de R$ 2 mil por metro quadrado, uma referência para construções deste tipo. Informo também que a residência não terá heliponto.
Edemar Cid Ferreira
São Paulo — SP

Ministra sueca

A ministra que defendia a adesão ao euro é assassinada a facadas na Suécia. Nos EUA, volta e meia atiram contra os presidentes. Estranhos estes países de Primeiro Mundo! Ainda prefiro mais o nosso Brasil: aqui, quando nós não gostamos de um presidente, simplesmente o demitimos. Afinal, como povo civilizado, nós preferimos métodos mais civilizados. “Um crime político?” (ISTOÉ 1772).
Paulo Sérgio P. Gonçalves
São Paulo – SP

Brinquedo

Muito boa à matéria sobre o personagem Bob Esponja, que é um desenho simples, sem violência e bem infantil. Com o seu jeito falante, seus olhos arregalados, calça quadrada e vivendo no fundo do mar, vem conquistando não só as crianças, mas os adultos também de uma forma geral. Hoje, em um ambiente de trabalho, consultórios e casas familiares quase sempre há um Bob Esponja. Parabéns pelo desenho e pela reportagem. “Brinquedo de adulto” (ISTOÉ 1772).
Jorge Eduardo de Andrade
São Gonçalo – RJ

Maria Rita

Maria Rita não nega o sangue. É pura MPB na veia! Espero que,
como a mãe, a também maravilhosa jovem cantora, torne-se sucesso. Hoje, o que toca nas rádios seria uma mistura de nada com coisa
alguma; falta uma estrela estrondosamente brilhante entre as demais. Não queremos uma “nova Elis Regina”. Queremos novas intérpretes
das mais belas canções da música popular brasileira. Maria Rita,
Clara Becker, Renata Arruda, Vanessa Bumagny, Ceumar, Roseli
Martins e tantas outras, estão despontando para esta sensacional tarefa. “Reino feminino”. (ISTOÉ 1772).
Verônica G. Brandão
Goiânia – GO

Regimes

Eu já fui vítima dessa onda “em busca do perfil perfeito” e confesso que se tivesse percebido a tempo os valores que possuo como pessoa, se a minha auto estima tivesse sido bem trabalhada, teria economizado muito tempo e dinheiro com as dietas de fome às quais me submeti, aos problemas de saúde que adquiri e com as muitas horas com análise para chegar a uma conclusão: que deveria gostar mais e sempre de mim como sou. O que a nossa sociedade precisa, enfim, é compreender e dar valor às pessoas com o seu potencial humano e não à sua aparência de “beldade de capa de revista e de outdoors”, sugerindo ser aquilo que, de fato, não são. O que precisamos fazer, definitivamente, é conjugar cada mais o verbo ser e conjugar o verbo ter cada vez menos. Aí, sim, estaremos todos a caminho da harmonia e do equilíbrio. Parabéns a todos pelo bom trabalho! “Cheinhas… de charme” (ISTOÉ 1771).
Maria Auxiliadora L. Dias da Silva
Salvador – BA

Bastante infeliz o comentário da sra. Silvia Popovic. Ninguém tem corpinho de 18 em carinha de 50 porque quer, assim como nem todas são obesas por opção. Às vezes a genética determina, independentemente dos esforços que possamos fazer.
Elaine Gonçalves
Santos – SP

Barbara Heliodora

Parabéns para a crítica teatral Barbara Heliodora por se manter
firme em suas posições e ter a coragem de elogiar alguém que todos desdenham e de criticar aqueles que todos aplaudem. Não é qualquer
um que chega aos 80 anos e tem o respeito de todos da área. “A senhora terrível” (ISTOÉ 1771).
Evandro Batista Prado
Campo Grande – MS

Serginho Groisman

Mais que um apresentador, Serginho Groisman é a ponte entre
duas montanhas de paisagens diferentes: a juventude e a ideologia adulta. Essa que mal entende o jovem, mal o ouve e quando ocorre, questiona, discorda e não dá a devida atenção. Com equilibrada
dosagem satíricade humor, ele consegue abrir todas as portas da mentalidade adolescente. No seu programa, ele dá o que muitos não acham facilmente: liberdade, compreensão e diálogo amigável. Sempre mostra a sua opinião, muitas vezes não favoráveis, mas no fundo o adolescente não quer ouvir sempre sim, mas discutir a melhor saída, mesmo que seja um não. “Peter Pan da madrugada” (ISTOÉ 1771).
Tarcizio Rocha Valentim
Goiânia – GO

Medicina complementar

Parabéns pela matéria “O melhor dos dois mundos” (ISTOÉ 1770). É importante acrescentar que a fitoterapia vai muito além do que foi citado. Eu estive em um dos grupos de trabalho no encontro em Brasília, mencionado na reportagem, e debatemos que as plantas devem ser usadas na prevenção, manutenção e tratamento da saúde. Outro ponto defendido foi o que diz que a fitoterapia deve voltar a fazer parte do currículo da formação dos médicos, do qual saiu há mais de 50 anos, e dos demais profissionais de saúde.
Joselice Menezes
Salvador – BA

Correções
1) Ao descrever o sucesso dos programas sociais da Prefeitura de São Paulo, na matéria “Perto do Céu”, edição 1772, nas páginas 38 e 39 foi subtraída a palavra aumento quando se menciona a arrecadação de ISS em 11,2% nos bairros-alvos onde estão sendo desenvolvidos os programas. 2) Ao contrário do publicado na reportagem “Cheinhas… de charme” (ISTOÉ 1771), o psicólogo Raphael Cangelli Filho é coordenador do Hospital Dia, do Ambulim. O coordenador do Ambulatório é o psicólogo Táki Athanássios Cordás.