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TEORIA
Dodi e Diana e o carro após o acidente: tese de assassinato causa controvérsia

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Enquanto o príncipe William e a sua mulher, a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, passam a lua de mel sob o céu azul e as águas transparentes das Ilhas Seicheles, a família real britânica revive um dos momentos mais dolorosos para a Inglaterra – e mais negativo para os monarcas – das últimas décadas. Na sexta-feira 13, um documentário polêmico sobre a morte trágica de Lady Di, mãe de William, foi apresentado em Cannes, na França, onde acontece o prestigiado festival de cinema. Dirigido pelo britânico Keith Allen, com o patrocínio de Mohamed al-Fayed (pai de Dodi, namorado de Diana, que também morreu no acidente de carro que a vitimou), “Unlawful Killing” (Execução Ilegal) defende a tese de assassinato do casal, além de mostrar uma foto de Diana minutos após o acidente. A imagem, feita por um paparazzo, nunca foi publicada no Reino Unido.

Al-Fayed sempre refutou a versão oficial sobre as causas do acidente e defende que a família real está por trás das mortes. As investigações concluíram que o carro do casal, perseguido por fotógrafos, bateu em um túnel em Paris a 105 km/h e que o motorista estava embriagado. O documentário elenca argumentos para defender sua tese. Entre eles, traz uma carta escrita por Diana quatro anos antes na qual diz: “Meu marido está planejando um ‘acidente’ com o meu carro. Falha nos freios ou ferimento na cabeça.” Também questiona o fato de todas as câmeras de segurança do túnel estarem desligadas ou quebradas e sustenta que a embriaguez do motorista não foi de fato comprovada. “O filme não é sobre uma conspiração antes do acidente, mas sobre uma conspiração depois”, disse o diretor. “Juízes, advogados, serviço secreto, chefes de polícia e até editores de jornais fizeram vista grossa para acobertar os responsáveis.”

No longa, um historiador diz: “Historicamente o relacionamento entre a família real e a Justiça tem sido conturbado, principalmente porque todo juiz britânico presta um juramento de lealdade à rainha.” O filme não passará na Inglaterra porque as autoridades britânicas exigiram 87 cortes. Sua exibição seria um choque de realidade na lua de mel da realeza com seus súditos desde o enlace de William e Kate.