Ewan McGregor não tem a menor semelhança com Rock Hudson e Renée Zellweger guarda poucos traços em comum com Doris Day. Mas foi no casal romântico do passado que os astros de Abaixo o amor (Down with love, Estados Unidos, 2003), que tem estréia nacional na sexta-feira 26, foram buscar inspiração neste primeiro trabalho conjunto. Com ação nos anos 1960, a comédia romântica dirigida por Peyton Reed tem o mesmo toque glamouroso e os mesmos diálogos de duplo sentido de filmes como Confidências à meia-noite, Volta meu amor e Não me mandem flores, títulos que marcaram a parceria Hudson-Doris. Traz até o mesmo ator que na época servia de contraponto à guerra de sexos do par principal, Tony Randall, agora interpretando o editor de uma revista masculina.

De trama leve, ritmo frenético e fotografia de cores vivas que remete ao technicolor de tempos atrás, Abaixo o amor tenta reviver uma época em que Nova York ainda podia exibir seu skyline sem causar calafrios. Acompanha os passos decididos da charmosa Barbara Novak (Renée Zellweger), escritora do Maine que chega à Big Apple para lançar o livro Abaixo o amor, guia de auto-ajuda para mulheres que ainda não queimaram o sutiã. Vira celebridade instantânea e presa do playboy e jornalista da revista Know, Catcher Block (Ewan McGregor), que pretende seduzi-la e desmascará-la. O casal está ótimo, as piadas são acima da média e a história é bem espirituosa. Sem falar que vem embalada com músicas de primeira, entre elas Fly me to the moon na voz de Astrud Gilberto e Frank Sinatra.
 


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