Rota boreal
Os navegadores brasileiros Beto Pandiani e Felipe Whitaker estão prestes a realizar uma façanha na vela mundial. Em Nain, a última vila esquimó do oeste do Canadá, a dupla só aguarda por melhores condições meteorológicas para fazer a travessia final até a ilha de Disco, na Groenlândia. A bordo do catamarã Satéllite III, a navegação começou no dia 12 de maio, em Nova York, e somará, no total, cinco mil quilômetros. Detalhe: é a primeira vez que o trecho será percorrido em um barco sem cabine.

Andróide sem par
Ela foi projetada para se parecer o máximo possível com uma japonesa de carne e osso. “É fácil perceber que ela é uma andróide, mas, inconscientemente, as pessoas reagem como se ela fosse uma mulher”, diz o pai da criatura, o cientista Hiroshi Ishiguro, da Universidade de Osaka. Batizada como Replicante Q1, ela tem gestual suave, pisca os olhos e parece até respirar. Virou sinônimo de sucesso em uma feira de tecnologia que acontece no Japão. Por enquanto, é modelo único. Como na música de Cazuza, é uma andróide sem par.

Direto da caverna
Esculpida há 28 mil anos, uma peça de pedra polida, com 20 centímetros de comprimento e três de largura, acaba de ser descoberta na caverna de Hohle Fels, no sudoeste da Alemanha. O artefato pré-histórico é o mais antigo símbolo sexual masculino já encontrado. “Além de ser uma representação da genitália masculina, ele pode também ter sido usado para lapidar pedras”, afirma Nicholas Conard, da Universidade Tübingen, que anunciou o achado.“Há algumas partes com marcas muito típicas disso.”

Na terra dos elfos
Os fãs de J.R.R. Tolkien, autor da cultuada trilogia O senhor dos anéis, podem começar a esfregar os dedinhos. Dona de licenças sobre a versão cinematográfica, a produtora americana Electronic Arts comprou na semana passada os direitos para desenvolver games baseados nos livros. Com isso, promete combinar o impacto visual dos filmes e a complexidade do universo tolkiano, com direito a batalhas, criaturas e heróis que não apareceram na telona.
 
 
Parceria premiada
O Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica tem como principal objetivo reconhecer o papel dos jornalistas como parceiros na conservação deste bioma, que já teve 93% de sua área original devastada. Promovido pela Aliança para a Conservação da Mata Atlântica, uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica e a Conservação Internacional, o concurso anunciou os vencedores na última semana. Na Categoria TV, o primeiro colocado foi José Raimundo Oliveira, da TV Bahia. Na Categoria Impresso, Reinaldo José Lopes ficou em primeiro lugar, com matéria publicada na revista Scientific American Brasil.

A imprensa – incluídos o rádio e a internet – é o principal meio de informação dos cerca de 110 milhões de brasileiros que vivem hoje na Mata Atlântica. Entre as 104 reportagens (33 de tevê e 71 impressas) inscritas no prêmio este ano, há exemplos de jornalistas que buscaram “traduzir” a mensagem, muitas vezes técnica e científica, de ONGs, fiscais e pesquisadores. Com a linguagem jornalística, as emergências ambientais passam pelo crivo das redações, ganham força de mobilização e chegam até aqueles que fazem a diferença
no processo de mudança: os cidadãos.

Ana Ligia Scachetti
Coordenadora de comunicação da Fundação SOS Mata Atlântica