Chip para ler pensamento
Um trabalho desenvolvido pela Universidade de Brown, em Rhode Island (EUA), pode trazer novo alento aos pacientes com lesões na medula. O americano Matthew Nagle, tetraplégico, conseguiu controlar objetos e dar comandos ao computador graças a um chip implantado no cérebro. Nagle mudou de canal, aumentou e diminuiu o volume da tevê. O chip capta os estímulos elétricos de seu cérebro e os envia ao computador. Ao se imaginar movendo os braços, Nagle movimentou o cursor na tela.

Parece mas não é
Na onda dos tocadores mp3, a novidade é um aparelho que permite gravar programas de rádio AM e FM. Parecido com o iPod, da Apple, o Radio YourWay LX, da PoGo, está à venda nos EUA por US$ 200 e US$ 250, com 128 MB e 512 MB de memória, respectivamente. O modelo mais simples guarda até 18 horas de programas. Basta selecionar a estação preferida e apertar um botão. É possível ainda programar a gravação dos programas.

Riso animal
Um estudo publicado na revista americana Science mostra que os animais também riem. A pesquisa feita com camundongos mostrou que os roedores berram para expressar sentimentos positivos. O estudo foi conduzido pelo psicólogo Jaak Panksepp, da Universidade de Northwestern (EUA), que deu o exemplo dos chimpanzés. Quando fazem cócegas uns nos outros, eles ficam com a respiração descontinuada, como se dessem uma gargalhada.

Arroz dourado
Cientistas britânicos criaram uma nova variedade de arroz transgênico que poderia suprir a necessidade de vitamina A das crianças em países pobres. Batizado de arroz dourado, o grão criado pela empresa Syngenta tem 20 vezes mais betacaroteno do que as variedades anteriores. O organismo converte o betacaroteno em vitamina A, o que pode ajudar a combater a cegueira infantil, que afeta 500 mil crianças ao ano. O anúncio é a primeira evidência concreta de que os transgênicos podem resultar em cultivos para resolver problemas da desnutrição.
 
 
Asfalto econômico
Um novo tipo de argila, desenvolvida e patenteada pelo Instituto Militar de Engenharia, pode baratear o custo da pavimentação de estradas brasileiras. A pesquisa começou em 1997 com o objetivo de encontrar um material que pudesse ser usado na Amazônia, uma área carente de rochas, matéria-prima da brita usada no asfalto. O custo compensa: o metro cúbico da brita sai por R$ 100, e o da argila calcificada, R$ 40.
 
 
Por que não chove?
A estiagem no Rio Grande do Sul está sendo considerada a maior já registrada na história gaúcha. A agricultura apresenta perda de até 60% em algumas lavouras, a pecuária também é atingida de forma considerável e parte da população enfrenta (ou enfrentou) racionamento de água aliado ao calor que chegou a 40º C na região metropolitana de Porto Alegre. É preciso que o ser humano assuma sua culpa por este “evento climático extremo”. A alteração do uso do solo com a supressão de mais de 95% da floresta atlântica que existia originalmente no Estado é co-responsável pela diminuição de chuvas e pela retenção de água nos rios e banhados. O aumento populacional e a utilização intensiva de água na agricultura e pela indústria agravam ainda mais o déficit hídrico. Para reverter esse quadro, o ser humano tem de agir de forma ambientalmente responsável, protegendo o que ainda resta da floresta atlântica e demais formações florestais, recuperando áreas e incentivando o uso correto do solo, entre outras tantas ações.

Kathia Vasconcellos Monteiro
do Programa Mata Atlântica da ONG Amigos da Terra