Na condição de filho de um aviador com uma aeromoça, Alex Flemming ganhou incentivos suficientes para ter uma relação afetiva com aeronaves. Nesta série de quatro trabalhos que valem por uma centena, o artista paulistano radicado na Alemanha reproduziu em chassis de madeira com acabamento em alumínio silhuetas de aviões comerciais e militares, cobertos de recortes de coloridos tapetes persas. A referência quase explícita por trás desta idéia-síntese de grandes questões é o fatídico 11 de setembro. Não sem razão, é o dia escolhido para o lançamento mundial do conjunto inédito de obras. Ao trocar a capa metálica dos jatos pela superfície felpuda dos tapetes, Flemming promove o casamento da tecnologia do Ocidente com a tradição do Oriente num inteligente libelo a favor da convivência das culturas e contra toda forma de terrorismo.