Dividido em quatro segmentos – A terra, levado ao palco em 2002; O homem, partes 1 e 2; e A luta, previsto para o final de 2004 –, o megaespetáculo pretende retratar toda a saga de Canudos. Desta vez, inspirado na fixação do filósofo alemão Friedrich Nietzsche pela tragédia grega e pela dramaticidade da existência do homem, o sempre surpreendente diretor José Celso Martinez Corrêa faz a associação do tormento de Euclides da Cunha, autor de Os sertões, com a busca das raízes brasileiras, ressaltando a luta de Antônio Conselheiro. Dono de eterna irreverência, Zé Celso, que interpreta o líder messiânico, funde música, poesia e dança e, como na maioria das suas encenações, age
em total interação com a platéia. São quatro horas de pura reflexão
e loucura, durante as quais os atores da companhia Teatro Oficina
Uzyna Uzona – quase o tempo todo nus – reconstituem a origem, a evolução e a miscigenação das raças. Composto de negros, mulatos e brancos, o elenco ainda conta com a participação especial de crianças carentes. A segunda parte de O homem está prevista para o final de outubro.


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