Mudar hábitos é complicado. Talvez por isso os brasileiros estejam apreensivos com as modificações ditadas pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Por tuguesa, que entrou em vigor em janeiro e a partir de 2013 será obrigatório. Tre mas caíram, alguns acentos também. Nem tudo o que era separado por hífen continua com o tracinho entre as palavras. Ao mesmo tempo, nosso idioma ganhou, nos últimos anos, uma infinidade de novos termos que surgiram com a vida moderna. Mas a partir do sábado 9 os leitores de ISTOÉ terão acesso às atualizações com o Pequeno Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa, da editora Nova Geração.

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"O que importa num dicionário, além da qualidade gráfica, é a preocupação com a atualização"

Sacconi, dicionarista

 

A obra virá em fascículos, cada um com 32 páginas, durante 20 semanas, com a revista. Ela será gra tuita e acompanha o primeiro fascículo uma capa dura. O dicionário é o primeiro com base no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), publicado em março pela Academia Brasileira de Letras.

Os dicionários lançados no mercado antes dessa data oficial não seguiram todas as normas previstas. Muitos acabaram com erros como, por exemplo, na grafia de singarupense, que antes era com c. A obra não traz apenas definições precisas e siglas inéditas.

A variedade de exemplos tirados do dia a dia (sem hífen!) também enriquece o trabalho, ultrapassando 40 mil registros. "O que importa num dicionário, além da sua natural qualidade gráfica, é a preocupação com a atualização", diz o autor Luiz Antonio Sacconi, professor, gramático e dicionarista, um dos mais conceituados do País. "E este é o dicionário mais atualizado do mercado."

O autor afirma ainda que os melhores dicionários internacionais trabalham não apenas com verbetes, mas também com subverbetes. Por exemplo, "caipirosca" é um subverbete de "caipirinha". "Essa é a tendência mundial. E nós estamos sendo os pioneiros na introdução no Brasil desse tipo de dicionário."

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