Em março, o ministro da Casa Civil, José Dirceu (à esq.), ganhou do presidente do PTB, José Carlos Martinez, um Rolex de aço. Dirceu teve de abrir mão do mimo, pois seu valor – cerca de R$ 10 mil – era bem acima dos R$ 100 do teto para presentes aos servidores públicos. Na quarta-feira 20, Dirceu levou um susto: soube que o relógio, mandado para avaliação na Caixa Econômica, era falso. “Fizemos uma vaquinha entre a bancada e cada um deu R$ 200 para comprar o presente. O Martinez vai ter que se explicar”, ironizou o líder do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ). Martinez, sem graça, garantiu que pagou R$ 5 mil a um amigo, menos da metade do valor real de um Rolex. Para se desculpar, comprou um Rolex de verdade e o doou ao Fome Zero. Mas o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), membro da CPI da Pirataria, não achou graça no presente muambado. Convocou Martinez para depor na CPI para saber quem é o tal amigo.


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