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No rol dos campeões de maratonas e, em comum com outros vencedores, dois atletas têm o hábito de tomar café antes das disputas. Os gêmeos Damião e Cosme de Souza, 29 anos, acreditam que a bebida melhora o rendimento. "Quando não tomo, termino a maratona com sono", diz Cosme. No Rio de Janeiro, o time de futebol do Botafogo toma uma pílula de cafeína antes das partidas – o equivalente a oito xícaras de café. "Os movimentos ficam mais rápidos", atesta o volante Leandro Guerreiro.

A nadadora carioca Gisele Pereira, 37 anos, recordista na modalidade costas, toma uma xícara grande antes de nadar. "Fico com mais energia e sensação de bem-estar." Desde que a cafeína saiu da lista das substâncias proibidas pela Agência Mundial Anti-Doping, em 2004, seu consumo vem crescendo entre atletas. Isso é resultado da comprovação de seu poder de aprimorar o desempenho físico.

Uma pesquisa da Universidade de St. Mary, no Reino Unido, por exemplo, concluiu que atletas correm mais rápido depois de ingerir cafeína. Outro trabalho, da Universidade de McMaster, no Canadá, defende a ideia de que a substância eleva a capacidade de contração muscular ao potencializar a liberação de cálcio nas células. O resultado são movimentos mais ágeis.

No Brasil, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) descobriram que a cafeína promove um aumento da imunidade logo após a prática de exercícios intensos porque estimula a fabricação de células de defesa. Além disso, estudos recentes sugerem que ela favorece a concentração e o estado de alerta. Por razões como essas, o médico Darcy Lima, da UFRJ, acredita no poder da bebida no esporte. "Tudo indica que é realmente a mais indicada para atletas", afirma.

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