Assista à entrevista com a dupla Fernando & Sorocaba. No primeiro bloco eles revelam como alcançaram o sucesso :

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No segundo bloco a dupla fala sobre a estrutura dos seus shows e de outros talentos. “A nossa carreira alavancou um pouco a carreira dele no início”, disse Sorocaba à repórter Izadora Rodrigues sobre o cantor Luan Santana :

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BREGA NADA
Sorocaba(à dir.), com Fernando: casa em bairro nobre de São Paulo

Se dependesse da família, dona de um haras no interior de São Paulo, o cantor e compositor paulista Fernando Fakri de ­Assis, o Sorocaba da dupla sertaneja Fernando & Sorocaba, seria agrônomo. Foi para isso que o artista, hoje com 30 anos, se mudou para Londrina na adolescência, voltando do Paraná com diploma nessa especialidade. O canudo, no entanto, nunca teve função.

Deve estar guardado em alguma dependência da espaçosa casa para onde recentemente se mudou na área nobre de São Paulo ao lado do Parque do Ibirapuera. Nas paredes, nenhuma obra de arte – mas, em compensação, também nenhum detalhe dourado.

A discrição dos ambientes não destoa da frase com que Sorocaba explica o fenômeno do sertanejo universitário, que conseguiu quebrar o preconceito e atrair a juventude das grandes cidades brasileiras: “Nossas músicas não usam linguagem brega.”

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MENINO BRUXO
Luan Santana não conseguiu visitar o Castelo de Harry Potter: faltou tempo para tirar visto para os EUA

Sorocaba mora com a família e, segundo seu pai, o advogado José Carlos Assis, que largou o escritório para cuidar dos negócios do filho, não existe pressa na chegada dos herdeiros. O menino vai bem, obrigado. E cada dia está com uma namorada nova. Numa tarde de segunda-feira, dia de descanso, já que os finais de semana são sempre ocupados com espetáculos, Sorocaba teve a visita de uma turma de amigos, incluindo mulheres lindíssimas. Ele costuma recebê-los na churrasqueira-gourmet que ladeia a piscina, mas, ultimamente, tem gostado mesmo é de passar o tempo livre no subsolo da casa. É lá que mantém um estúdio onde produz CDs de artistas novos. Ao lado, fica um closet com algumas dezenas de camisas xadrezes e botas de todas as padronagens. Apenas roupa de show. “Tenho bota de tudo: de avestruz, cobra, jacaré, lagarto.” Ultimamente, tem conferido as faixas do novo CD de um cantor que ele apadrinhou no início de carreira. O garoto se chama Luan Santana, de quem tem uma porcentagem nos negócios. Santana é quem explica: “Nossa sociedade é musical.” O astro de “Meteoro” gosta muito das canções do amigo – só no CD passado gravou cinco e todas estouraram nas paradas, o que fez de seu autor o segundo maior arrecadador de direitos autorais do Brasil. Ele só discorda de Sorocaba no gosto pelas botas. Não que ache brega: “No início até usei, mas como sou muito elétrico, caí no palco. Agora só uso tênis.”

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A FAVORITA
Paula Fernandes nega romance com
Roberto Carlos: “Foi um encontro de almas”

Melhor assim. Santana faz 25 espetáculos por mês, 300 por ano e, por isso, está sempre pulando de uma cidade para outra. Logo que acaba a apresentação – e depois de receber as fãs no camarim, claro – já parte para o próximo destino. “Dessa forma, posso descansar o dia inteiro e fazer a academia no hotel”, diz o artista de 20 anos que não perde tempo nem para escolher a roupa – elas lhe são entregues por uma personal stylist. O sonho dele é ir ao parque do Harry Potter, em Orlando. O menino bruxo, no entanto, vai ter que esperar, já que o cantor não pôde viajar aos EUA nos recentes 15 dias de férias – sua agenda não comportou uma brecha para tirar o visto americano. Luan Santana, que nasceu em Mato Grosso do Sul, vive em Londrina, com os pais e a irmã e não pretende mudar de ­cidade. “Em uma horinha a gente ­está em São Paulo”, diz ele, que atualmente viaja de jatinho. Alugado, garante, mas há quem diga que o comprou.

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GUITARRA E JOYSTICK
Os irmãos Frederico e João Neto na sala de jogos: paixão por videogames

Outros sertanejos, porém, já estão de mala pronta para a capital paulista, de forma a minimizar as viagens para shows e apresentações em tevê. É o caso de Michel Teló, 30 anos, que decidiu dar “uma fugidinha” de Campo Grande, onde tem casa, mulher e família. Ele está atrás de um amplo apartamento, mas só comprará se for no bairro paulistano de Moema, como fazem todos os sertanejos radicados na cidade. Fica mais perto do aeroporto. “É mais viável morar em São Paulo e manter as raízes em Mato Grosso”, diz o cantor, que nos últimos cinco meses esteve em sua casa somente por cinco dias. Dono de uma fazenda no Pantanal, nas folgas ele ­curte pescar, como a maior parte dos colegas. E jogar games, especialmente de futebol.


A internet é outro grande passatempo dos cantores quando estão longe de suas esposas – a grande maioria é casada, propaganda nada positiva se considerarmos que o maior número de fãs da turma está no público feminino. Os irmãos Cesar Menotti & Fabiano, que são evangélicos e moram com toda a família em um condomínio nos arredores de Belo Horizonte, ficam conectados direto quando estão em turnê. “A gente chega do show e não consegue dormir. O jeito é navegar na internet”, diz Fabiano, 33 anos. Nas folgas, o destino é o haras de minipôneis, paixão de Cesar Menotti, 28 anos. “É o nosso refúgio. Fazemos frango caipira para os parentes e os amigos”, diz ele.

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NO AR
Vinicius e João Bosco no jatinho: partidas de caxeta para relaxar

Nada de balada, portanto, como pregam as músicas cujos refrões sobre paixões passageiras os jovens sabem de cor. Outros casadões são os irmãos João Neto & Frederico, de Goiânia, que antes de fazerem música eram, respectivamente, veterinário e engenheiro agrônomo. A dupla mora em um condomínio fechado na cidade e, de volta das viagens, gosta de curtir a família em churrascos que atravessam a tarde. Quando não estão compondo, os autores do sucesso “Sai pra Lá” preferem exercitar-se no Playstation. “O Fred é viciado, fica cinco, seis horas jogando nas viagens de ônibus”, diz João Neto, 31 anos. Mesmo no caso da dupla João Bosco & Vinicius, que não tem laços familiares, esse companheirismo é regra. Amigos desde os dez anos, um se formou em odontologia e o outro em fisioterapia. As casas de ambos, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, têm campo de futebol, uma paixão comum. “Não somos amigos pela música, somos músicos pela amizade”, diz Bosco. Nesse clube do bolinha do sertanejo universitário desponta, enfim, a bela voz e a fina estampa da mineira Paula Fernandes, 26 anos, que recentemente caiu nas graças de Roberto Carlos, com quem se apresentou. “Foi um emocionante encontro artístico e de almas”, despista a moça, que ainda fica na barra da saia da mãe em um apartamento em Belo Horizonte. “É gostoso ver esse mercado, dominado por duplas masculinas, receber bem uma menina que chega com músicas próprias e cheia de personalidade”, diz Paula. Ela tem razão: o sertanejo está mesmo mudado.

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REFÚGIO
Longe dos palcos, os irmãos César Menotti e Fabiano ficam em um haras de minipôneis

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DE MUDANÇA
Michel Teló procura um apartamento
em São Paulo: tem que ser perto do aeroporto

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