Morreu no sábado 5 em Araraquara (SP), aos 86 anos, de falência múltipla dos órgãos, a madre franciscana Maurina Borges da Silveira – única freira brasileira presa e barbaramente torturada pela ditadura militar. Ela foi presa em 1969 e libertada junto a outros opositores encarcerados em troca da soltura do cônsul japonês Nobuo Okuchi, sequestrado pelo grupo guerrilheiro Vanguarda Popular Revolucionária. Impedida pelos militares de viver no Brasil, Madre Maurina partiu para o exílio em 1970 – morou 14 anos no México. Sua luta foi fundamental para que também o agora arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, entrasse na defesa dos torturados e desaparecidos políticos.