Confira, em vídeo, alguns escândalos que abalaram a imagem de astros do cinema :

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Mel Gibson está proibido de dar entrevistas. Protagonista do aguardado drama “Um Novo Despertar”, ele não deve aparecer na première do filme, prevista para 8 de abril nos EUA: o estúdio teme que a imagem do ator, arranhada por um recente episódio de violência doméstica, atrapalhe a carreira comercial da produção. Gibson já vinha tendo problemas com a polícia americana por dirigir bêbado e é conhecido pelos acessos racistas. Seu nome até batizou uma síndrome que acomete astros propensos a explosões repentinas. Outro ator que tem fugido aos compromissos profissionais é Sean Penn, também afeito a violências abruptas – ele estreia na sexta-feira 18 o thriller “O Jogo do Poder”. Depois de golpear um paparazzo com um sopapo, mudou-se para o Haiti e tem procurado aplacar os impulsos com trabalhos humanitários. Não é nenhuma novidade que o cinema e a televisão são atividades desgastantes, especialmente hoje, quando o culto à celebridade impede que seus bem pagos profissionais levem uma vida normal. Parafraseando Sigmund Freud, que catalogou as neuroses do dia a dia em um livro antológico, atualmente existe uma verdadeira psicopatologia da vida hollywoodiana.

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VIOLÊNCIA
Gibson agrediu a sua ex-mulher e foi colocado na “geladeira” pelo estúdio

 No seu novo filme, Gibson interpreta um sujeito depressivo, CEO de uma fracassada empresa de brinquedos que usa um fantoche de castor como alter ego para expressar seus sentimentos. Obviamente, todo mundo acha que ele pirou. Não tem sido diferente na vida real. Que o diga a sua ex-mulher, a modelo russa Oksana Grigorieva, que teve os dentes quebrados pelo ataque de fúria de Gibson. Diretora do filme, Jodie Foster concordou em adiar o lançamento da produção, mas reconhece que o amigo passa por “um momento negro”. Para a preparadora de atores Andréia Cavalcanti, que tem Cauã Reymond e Grazi Massafera entre os clientes, qualquer um está sujeito a esse tipo de crise. Mas é preciso tomar muito cuidado quando se é uma figura pública. “Se o ator já fez a besteira, é melhor não dar prolongamento ao assunto”, diz Andréia.

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DROGAS
Sheen assumiu o uso de crack: caso típico em que falar demais é prejudicial

 Foi exatamente o contrário o que fez Charlie Sheen e o resultado está aí. O ator da série “Two And a Half Men”, que foi condenado por ter batido em sua terceira esposa, já brigou com o criador do programa e acabou internado após uma festa regada por dois dias a cocaína e prostitutas, negou seu comportamento bipolar e confessou que fumava sete pedras de crack numa só noite. “Se você consegue usá-lo socialmente, tudo bem”, disse ele. As declarações, claro, não pegaram bem, Sheen foi demitido e a nova temporada do seriado de maior sucesso da televisão foi cancelada. Autor do livro “The Frenzy of Renown: Fame and its History” (“O furor pelo reconhecimento – fama e sua história”), o professor Leo Braudy, da University of Southern California, acha que a pressão experimentada por famosos é dupla. “Eles precisam se expor, mas também devem saber os limites dessa exposição”, disse Braudy à IstoÉ. “Sem falar que a atenção e o sucesso excessivos podem resultar em megalomania e perda da realidade.” É o que parece estar acontecendo com Mel Gibson. Paparazzi o flagraram saindo de casa mais parecido a um vovô surfista, disfarçado com um bigode falso e óculos de armação grossa. Ele e Sean Penn, inclusive, aconselharam Charlie Sheen sobre o uso de drogas, numa espécie de ajuda mútua. Nesses casos, preocupar-se com o outro parece ser uma boa terapia, além de fazer bem para a imagem pública, como tem acontecido com Angelina Jolie e George Clooney, outras estrelas contaminadas pela saudável síndrome de Madre Teresa de Calcutá. Penn, por exemplo, é atualmente coordenador de um campo de 55 mil desabrigados no Haiti – e anda calmo que é uma beleza.

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SUMIÇO
Penn tem evitado o tapete vermelho. Prefere gastar a adrenalina com desabrigados

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