O pedreiro Evando dos Santos ficou conhecido em todo o Brasil, após reportagem de ISTOÉ em setembro do ano passado, por ter construído, livro a livro, uma biblioteca na garagem de sua casa no bairro carioca de Vila da Penha. A sua paixão pela literatura o levou a reunir 26 mil obras e colocá-las à disposição dos moradores da região. O seu sonho era transformar a biblioteca informal numa instituição bem organizada. Uma decisão do Ministério da Cultura acaba de selar o futuro desses livros: foi aprovada a captação de R$ 414 mil para a construção de uma casa que abrigará a biblioteca e uma faculdade comunitária.
ISTOÉ – O que representa essa decisão?
Evando
– É a vitória da cultura.
ISTOÉ – Como é o projeto da casa que foi feito e doado por Oscar Niemeyer?
Evando
– Um salão de 100 metros quadrados para instalar a biblioteca e duas salas de 50 metros quadrados para a faculdade comunitária. Nelas haverá aulas de português, quimbundo, tupi-guarani, latim e espanhol. Os professores serão todos voluntários.