Para demonstrar que a vida imita a ficção e vice-versa, montamos uma seleção com trechos de filmes que mostram como são comuns as brigas de casais no cinema. Confira :

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ALERTA
Pequenos desentendimentos cotidianos podem ser
o combustível para uma séria crise conjugal

Enquanto ela está em casa, ele a está traindo. Não é aquele caso típico em que o homem vive momentos tórridos de paixão com uma amante. Trata-se de outro tipo de quebra de confiança: ele está gastando mais do que ela imagina. Esse comportamento, batizado de infidelidade financeira, tem atormentado a vida de muitos casais. Alguns chegam à separação por causa do modo como o parceiro lida com o dinheiro. Uma pesquisa encomendada pela revista americana “Forbes”, com dois mil entrevistados, revela que 31% deles já usaram seus dólares de uma forma que contraria o acerto feito antes do casamento. Pelo levantamento, um alarmante percentual de 16% dos pesquisados disse ter chegado ao divórcio por conta disso. É mais um item no extenso rol de motivos que levam marido e mulher a se desentender. “Os casais vêm ao meu consultório reclamar de amor, sexo e dinheiro. Mas somente há pouco tempo as finanças conjugais deixaram de ser um assunto tabu”, conta a psicóloga paulista Cleide Guimarães, autora do livro “Até Que o Dinheiro os Separe” (Ed. Saraiva). Pretextos para bater boca não faltam e por isso manter o clima romântico entre os parceiros é um desafio cada vez maior. Outra pesquisa, feita com três mil pessoas do Reino Unido, estima que marido e mulher gastem nada menos que 312 dias do ano em discussões (leia quadro com os hábitos que mais atormentam eles e elas).
 

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DIVÓRCIO
Diego Guimarães terminou um casamento
de tanto brigar por dinheiro

Comprar sem consultar o companheiro é um problema e tanto para o casal carioca Wilson Novaes, 45 anos, e Célia, 49. Consumidora compulsiva, ela faz grandes aquisições sem que o marido saiba. “A última foi uma piscina de R$ 12 mil”, diz Célia, às gargalhadas. “Quando eu contei, Wilson perguntou se havia ficado maluca.” Esse tipo de atitude rendeu discussões e o casal ficou um bom tempo sem se falar. “Mas no fim, tudo volta ao normal”, afirma ela. Nem sempre, no entanto, esse tipo de situação pode ser contornado. Depois de dois casamentos frustrados, o empresário carioca Diego Guimarães, 33 anos, conheceu uma mulher que imaginou ser a ideal.  Bastou pouco tempo de vida em comum para que percebesse que a relação não iria longe. “Ela só queria gastar”, lembra. Segundo ele, além de não trabalhar, a moça gostava de se vestir só com roupas de grife. De acordo com Guimarães, os excessos da companheira comprometeram o orçamento de casa. “Eu tinha que andar de Fiat velho porque as faturas do cartão de crédito dela consumiam boa parte do meu dinheiro. Eram R$ 2 mil todo mês de bobagem.” Depois da separação, as coisas melhoraram para ele. “Consegui finalmente trocar de carro. Hoje tenho um New Beetle.”

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DISCUSSÕES
O ponto de conflito do casal Milena e Fabio
é o perfil bagunceiro do rapaz

Ao lado de pro­blemas como a infidelidade financeira, os casais têm que driblar outras chateações frequentes na vida a dois. Contratempos aparentemente inofensivos vão tomando proporções maiores com o passar do tempo e viram combustível para discussão. É assim com o casal paulista Fabio Tironi, 43 anos, e Milena Simões, 36. “Nossos problemas se concentram no quarto”, define Milena. “Os clássicos dele são as roupas espalhadas e as gavetas abertas. Nosso apartamento fica parecendo cenário do filme ‘Poltergeist’.” Ele reconhece os erros, mas acha que a mulher deveria ser menos rigorosa. “Ela poderia esperar um pouco para reclamar”, diz Fabio. Para a psicóloga Sueli Damergian, da Universidade de São Paulo, as pequenas brigas podem desgastar a relação perigosamente. “Alguns casamentos terminam por causa disso”, diz ela. Para evitar, ela sugere focar no principal. “É preciso ficar atento para que esses pontos não minem o que fez essa relação nascer: o amor.”

 Essa foi a receita dos mineiros Larissa Cavalcante e Marcos Costa, 30 anos, para estabilizar o casamento. “No começo, era difícil resolver as brigas”, recorda ele. “A gente ficava uma semana guardando rancor e mais uns dias se olhando torto.” Felizmente, o tempo dessas disputas domésticas ficou para trás. “Hoje resolvemos com terapia e bom humor”, conta ela. A terapeuta de casais Mariana Tezini recomenda que os pequenos dissabores cotidianos não sejam subestimados. “No geral, essas discussões são válvula de escape para coisas maiores, desentendimentos ocultos.” Encarar essas pontas de icebergs é uma providência importante para evitar que o relacionamento acabe afundando.
 
Colaborou Wilson Aquino

 

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