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COM RESERVAS
Ele dirige os negócios, mas não frequenta o mundinho
 

Ele não segue tendências para se vestir. Nem investe pesado em roupas e acessórios e muito menos se deslumbra com modelos internacionais, celebridades ou festas badaladas. Troca sem hesitar a ferveção de uma semana de moda pelo convívio com a família. Foge dos holofotes de tal forma que, mesmo estando à frente de um dos maiores grupos fashion do País e atuar no setor há quase 20 anos, é um ilustre desconhecido. Dono do Grupo Animale, o empresário carioca Roberto Jatahy, 41 anos, é do tipo que acompanha de canto a definição do casting de modelos, provas de roupas e o burburinho dos desfiles. Divorciado e considerado “partidão” no Rio de Janeiro, ele circula de calça jeans e camiseta pólo na sede da empresa que criou com sua irmã, Claudia. Se discrição é o seu lema na vida pessoal, expansão e ousadia são sua marca registrada na esfera profissional. Nos bastidores, Jatahy se consolida como um dos nomes mais poderosos da moda nacional.

O grupo do empresário carioca acaba de anunciar a compra de mais uma grife para seu panteão fashion, a feminina Priscilla Darolt. A marca receberá um investimento de R$ 8 milhões e ganhará cinco lojas a partir do final de 2011. Com a aquisição, seu grupo passa a ter seis marcas (leia quadro). “Sou um homem de negócios que entrou no universo da moda graças à minha irmã, Claudia, que sempre gostou de criar e desenhar”, diz Jatahy, diretamente de Veil, no Colorado, dando mais um exemplo de seu estilo low profile. Ele abriu mão de assistir ao desfile da Animale, a sua marca número 1, na São Paulo Fashion Week, o principal evento de moda do País, na sexta-feira 28, para passar férias com os dois filhos na localidade americana. “Não tenho a pretensão de entender de tudo. Delego à minha equipe questões relacionadas à criação e ao estilo”, justifica.

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A ESTILISTA
Priscilla Darolt (centro) e modelos com looks Animale
(à esq.) e Priscilla Darolt (à dir.)
 

Mais nova aquisição do grupo de Jatahy, a estilista Priscilla Darolt está bastante satisfeita. “Para mim, o negócio foi muito vantajoso”, diz. “Ser parte de uma empresa me dá condições de produzir e distribuir as minhas peças em escala nacional.” A designer curitibana faz parte de uma geração de criadores que chegou à SPFW graças a seu talento. Mas que, por falta de investimento, desfilava seus modelos e não tinha condições de produzi-los em larga escala e distribui-los nacionalmente. “Na maioria das vezes, as peças eram únicas e vendidas em multimarcas. A Priscilla conhece todas as etapas do processo de criação, é desde uma exímia desenhista a uma ótima costureira”, diz Luis Fiod, diretor criativo da Animale.

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