Antônio Palocci
Ministro-chefe da Casa Civil
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Antônio Palocci será um dos ministros fortes no governo de Dilma Rousseff. Ele assume a Casa Civil depois de conquistar a confiança da presidente durante a campanha eleitoral. Em momentos críticos, Palocci destacou-se pela habilidade política ao lidar com aliados e oposicionistas e foi visto pelo empresariado como a garantia de que o governo Dilma não representa uma ruptura com contratos já estabelecidos. Em 2011 terá a responsabilidade de fazer uma transição tranquila. Com a Casa Civil nas mãos de Palocci, a pasta ganhará um perfil diferente do que tinha no governo Lula. Atuará como um Ministério político, com objetivo de azeitar as relações do Executivo com o Congresso e os Estados.
 

David Cameron
Primeiro-ministro britânico
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Sem maioria absoluta para a formação de um governo nas eleições britânicas de maio, o conservador David Cameron foi apontado para liderar a coalizão de governo que comandará o Reino Unido por pelo menos cinco anos. A entrada de Cameron ao lado do liberal-democrata Nick Clegg colocou fim aos 13 anos de gestão trabalhista e instalou medidas de austeridade consideradas rígidas, mas necessárias para que o país enfrente o período de crise. Em sua mensagem de Ano-Novo, o primeiro-ministro britânico disse que “2011 será um ano difícil”, mas prometeu dar prioridade à geração de empregos e ao crescimento econômico.

 

Naoto Kan
Primeiro-ministro do Japão
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O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, tem grandes desafios pela frente. O maior deles será combater a gigantesca dívida pública que ameaça o Japão e já alcança 200% de seu Produto Interno Bruto (PIB), tornando-o o país em desenvolvimento mais endividado do mundo. Além disso, o primeiro-ministro terá que estreitar ainda mais a aliança militar que o país mantém com os Estados Unidos, por conta da instabilidade regional causada pela ameaça de as duas Coreias voltarem a se enfrentar.

Cezar Peluso
Presidente do STF
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Empossado em abril para um mandato de dois anos, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso, vai colocar vários temas polêmicos na pauta de votação em 2011. A começar pela votação da Lei da Ficha Limpa em sua totalidade, cuja interpretação dividiu o plenário do tribunal em 2010. Um dos temas que deve colocar o STF de novo sob a luz dos holofotes é a chamada “antecipação terapêutica” do parto de fetos anencefálicos. Por fim, Peluso ainda colocará em pauta a discussão sobre o papel do Ministério Público nas investigações policiais, podendo restringir as ações de promotores e procuradores.

Geraldo Alckmin
Governador de São Paulo
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Fala mansa, jeito interiorano, sorriso simpático – e uma determinação de ferro. Apesar da aparência cordata, o governador paulista Geraldo Alckmin é capaz de enfrentar com enorme apetite adversários que se colocam em seu caminho. Logo na montagem do novo governo, fez questão de mostrar independência. Desconsiderou apoios que vinham de setores do PSDB identificados com seu antecessor, José Serra, e escolheu seu secretariado procurando ampliar o leque de apoios políticos. Ao lado do senador mineiro Aécio Neves, pretende ser um dos principais protagonistas da construção de um novo PSDB, capaz de dialogar com diferentes setores da sociedade.

Dominique Strauss Kahn
Presidente do FMI
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O francês Dominique Strauss-Kahn, 61 anos, presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), terá um ano e tanto pela frente. Com a grave crise econômica que atinge toda a Europa e ameaçando espalhar-se por outros continentes, caberá a ele um dos principais papéis de bombeiro nesse incêndio. Além do auxílio imediato em momentos críticos, como ocorreu com a Grécia e a Irlanda recentemente, caberá a ele iniciar as discussões para estabelecer um novo modelo de crescimento. O sucesso de Strauss-Kahn à frente do FMI também pode definir os rumos de sua vida pública. Ele é considerado a maior esperança do Partido Socialista francês para retomar a Presidência do país.

Miriam Belchior
Ministra do Planejamento
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Primeira mulher indicada para a equipe ministerial, a engenheira Miriam Belchior assumiu o ministério do Planejamento com uma missão árdua. A pasta foi fortalecida com a incorporação do Programa de Aceleração do Crescimento, que no governo Lula esteve sob o comando da Casa Civil. Mas Miriam, que foi casada por dez anos com o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel (PT), também será responsável por todo o planejamento orçamentário do governo. Caberá a ela ampliar os investimentos públicos e administrar os gastos do governo criando espaço para projetos de erradicação da miséria no País, uma das principais metas da presidente Dilma Rousseff, em seus primeiros anos de governo.
 

Michel Temer
Vice-presidente da República
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O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), adotará no poder um estilo muito diferente daquele que marcou seus antecessores – José Alencar e Marco Maciel. Embora prime pela discrição como Maciel e tenha ideias próprias em relação à condução da política econômica, a exemplo do empresário José Alencar, espera-se que o peemedebista seja um vice-presidente bem mais atuante politicamente. Daí a sua influência no novo governo. Durante o exercício da presidência da Câmara, Temer já deu demonstrações de sua importância e prestígio na cena política. Coube a ele, por exemplo, articular, nos bastidores, a união dos partidos governistas em torno do vice Marco Maia (PT-RS), quando todos davam como certa a eleição de Cândido Vaccarezza (PT-SP) na disputa interna do PT. Já eleito, Temer também teve destacada atuação durante a negociação dos ministérios do PMDB com o governo. Agora, o vice de Dilma terá em seus ombros a tarefa de saber separar os interesses do guloso partido que comanda e de um governo que se inicia com vários desafios pela frente.

Ban Ki-moon
Secretário-geral da ONU
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2011 será decisivo para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. É o último de seu primeiro mandato e, por isso, essencial para garantir sua reeleição. Em seu discurso de avaliação de 2010, prometeu seguir empenhado na busca de uma solução para o conflito entre as Coreias do Norte e do Sul, a questão nuclear no Irã e a formação de um governo estável na Somália. A crise humanitária no Haiti por causa do terremoto continuará exigindo atenção, especialmente agora que o país enfrenta uma grave epidemia de cólera. O que deve abrir os trabalhos em 2011 é a recusa do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, em aceitar a derrota nas eleições e ceder o comando do país à oposição.