Em 1998, o edifício Palace II desabou e levou junto a alegria de 118 famílias e a vida de oito pessoas. Desde então, as vítimas vêm lutando na Justiça para ser indenizadas pela construtora Sersan, do ex-deputado Sérgio Naya. Na quarta-feira 28, quando a indenização seria paga, uma sequência de trapalhadas se armou. A comemoração começou quando o juiz Luiz Felipe Salomão determinou o pagamento da primeira parcela de R$ 113 mil a oito ex-moradores. No dia seguinte, a euforia desmoronou: a juíza federal Frana Elizabeth Mendes determinou o bloqueio do dinheiro para que ele fosse usado como pagamento de uma dívida de Naya com a União. Os gerentes do Banco do Brasil ficaram sem saber a quem obedecer e foram ameaçados de prisão, caso não cumprissem as sentenças. Mas qual delas cumprir? O desenrolar da história: 28 funcionários presos na agência bancária, policiais armados e corre-corre do advogado Nélio Machado, que representa as vítimas. O esforço foi compensado: o Superior Tribunal de Justiça decidiu na quinta-feira 29 que o caso é da competência da Justiça Estadual, o que significa que o dinheiro será destinado às indenizações. “Foi uma decisão justa”, disse Machado a ISTOÉ.