Em "Lar," (Companhia das Letras), o poeta Armando Freitas Filho contradiz o verso em que diz: "eu não consigo parar de esquecer". Nos poemas escritos nos últimos cinco anos ele rememora tudo e todos que lhe são importantes – a mãe e o pai ("ela nítida, ele nebuloso"), Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Tudo com o lirismo e a amargura de quem quer, mas não consegue, tornar eternos os momentos marcantes que viveu. "Medo de mim, do meu corpo/ da extravagante ação da natureza/ sobre ele, incompatível" é um dos versos agora publicados.