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As ferramentas digitais nos museus já não são uma novidade, principalmente no que diz respeito à produção audiovisual online. Instituições do mundo todo têm produzido um número crescente de vídeos, a partir de entrevistas com artistas, percursos de exposições, registros de conferências, perfis de curadores, etc., disponibilizando-os em seus sites ou em seus canais no YouTube e Vimeo, entre outros. Recentemente, uma iniciativa tem chamado a atenção por ampliar o acesso a esses conteúdos online por meio de uma central que agrega a produção audiovisual de diferentes museus dos EUA e da Europa. O ArtBabble é um site de vídeos que tem como tema exclusivamente a arte. Lançado em 2009, ele ficou logo conhecido como o “YouTube das artes”. A iniciativa é um projeto do Indianapolis Museum of Art e em abril deste ano recebeu o prêmio de “melhor da web” dentro da Museums and the Web Conference, evento anual especializado na discussão sobre a relação entre museus e a internet.

No YouTube, um vídeo de arte pode se perder entre as inúmeras postagens feitas diariamente. Além disso, grande parte dos vídeos não está em alta definição. Isso não acontece no ArtBabble. A maioria do conteúdo é em alta definição. O design da home page é claro e objetivo, com a intenção de atrair não especialistas, através de sua fácil navegação e da grande presença de videodocumentários dos mais variados assuntos sobre arte. Atualmente, o site recebe a produção de 12 instituições americanas, como o MoMA, o Museu Guggenheim e o Van Gogh Museum, da Holanda. O Indianapolis Museum of Art, criador do ArtBabble, foi um pioneiro na utilização da internet para proporcionar maior transparência às operações de museu. Uma seção de seu site (imamuseum.org) chamada Dashboard oferece informações atualizadas do valor das obras da instituição, do número de visitantes e do consumo diário médio de energia. O site também tem um banco de dados com tecnologia wiki, no qual o público pode colaborar com informações acerca dos trabalhos do museu.