Comportamento

Quase de pelúcia
Carinhosos e fáceis de cuidar, os minicoelhos são a nova moda entre os bichos de estimação

João Loes
 

 

 

i76764.jpgDepois do hamster, do furão e da chinchila, chegou a vez do coelho encabeçar a lista dos animais de estimação incomuns mais desejados pelos brasileiros. Entre as cerca de dez raças domésticas disponíveis no Brasil – no mundo são mais de 50 – duas têm liderado o interesse dos compradores. Trata-se da fuzzy lop e da lion , que se diferenciam das demais pelo tamanho (não passam de 30 cm de comprimento e dois quilos de peso). "Só não vendo mais de 60 por semana por que minhas matrizes não dão conta", afirma Tatiana Vonzodas, criadora especializada em reproduzir e vender animais da espécie.

A estudante paulistana Daniela Mincis, 15 anos, não desgruda de seu Gustavo, um minicoelho branco. Moradora de um apartamento na região central de São Paulo, ela se encantou com o pequeno animal em buscas pela internet. Acostumada com bichos em casa, a jovem já teve uma calopsita e uma chinchila. "O coelho é diferente por ser carinhoso", diz. Há pouco mais de um mês na casa de Daniela, Gustavo passa as tardes no colo da dona, enquanto ela faz lição. "Se paro de fazer carinho, ele pede, com a patinha, para que eu continue", conta.

Cuidar de um coelho, que custa em média R$ 80, é simples. "Boa parte das pessoas compra pela praticidade", conta Ludwig Paraschin, criador há 40 anos. Como é um animal territorial, ele se sente bem e seguro em ambientes pequenos, como uma gaiola, por exemplo. "Manter o local limpo e o coelho alimentado é o suficiente para garantir diversão sem muita preocupação", afirma Celso Pinto, professor do curso de medicina veterinária da Universidade Metodista.